E-mail mal-educado faz empresa perder milhões
Segunda, 09 de abril de 2001, 16h04
O chefe-executivo da empresa norte-americana Cerner Corporantion nunca poderia imaginar o prejuízo que um e-mail mal-educado iria lhe dar. Insatisfeito com o desempenho e o cumprimento de horário dos funcionários, Neal Patterson resolveu mandar um e-mail acusando os empregados de serem preguiçosos e ameaçando demiti-los. Um dos trechos da mensagem dizia: "Grande parte dos empregados está trabalhando menos que 40 horas por semana. O estacionamento está quase sempre vazio às 8h, assim como às 17h. Como diretores da empresa, ou vocês não sabem o que os funcionários estão fazendo ou não se importam. Em qualquer um dos casos, vocês têm um problema a resolver ou então eu substituo vocês. Eu quero ver o estacionamento cheio às 7h30 e também nos finais de semana". O e-mail ainda trazia frases como "é mais fácil o inferno congelar do que os empregados ganharem algum benefício salarial da empresa". Três dias após enviar a mensagem, o texto foi parar no quadro de mensagens do Yahoo! Financial. Como consequência, as ações da companhia, que atua no setor de saúde, caíram 22% e os negócios se resumiram a um terço do volume normal. Analistas de Wall Street começaram a receber ligações de investidores preocupados. Eles queriam saber o que estava acontecendo na empresa que justificasse reação tão violenta. Neal Patterson, arrependido, vem tentando, nas últimas três semanas, recuperar investidores para a empresa. O mais curioso é que a Cerner foi incluída, no ano passado, na lista da revista Forbes, entre as 100 melhores companhias para se trabalhar nos EUA.
Junia Xavier
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