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G-8 quer aumentar acesso dos pobres à Internet

Segunda, 24 de julho de 2000, 10h10min
O G-8, grupo dos oito países industrializados mais poderosos, comprometeu-se no sábado (22) a ajudar as nações em desenvolvimento a incorporar-se à revolução da informática. Mas entidades não-governamentais disseram que a oferta era uma farsa e reclamaram comida e medicamentos.

Durante o segundo dia de reuniões de sua reunião de três dias em Okinawa, no Japão, o G-8 acordou a criação de um grupo especial que concentre esforços para aumentar o acesso à Internet e reduzir os custos do processo para as nações em desenvolvimento.

"As nações que tenham êxito ao aumentar seu potencial na área de informática podem esperar uma rápida superação dos obstáculos convencionais no desenvolvimento da infra-estrutura", diz o acordo firmado pelos membros do grupo: Estados Unidos, Japão, Itália, Grã-Bretanha, Alemanha, França, Canadá e Rússia.

Alguns criticaram de imediato o plano. Jubileu 2000, uma organização que fomenta o perdão da dívida dos países mais pobres, disse que a ênfase que os líderes da reunião colocam em reduzir o "abismo digital" é uma farsa, e nesta sexta-feira, queimou um computador portátil. "Não podemos comer computadores", disse Kewesi Owusu, coordenador africano do grupo. "As pessoas estão morrendo."

Oferta japonesa
Em um esforço para evitar que aumente a distância entre as nações industrializadas e as nações em desenvolvimento, o Japão anunciou um pacote de US$ 15 bilhões de dólares para ajudar as nações do Terceiro Mundo em assuntos de tecnololgia e mais US$ 3 bilhões para lutar contra enfermidades infeccciosas, como a aids e a malária.

Em contraste com isso, o Japão gastou US$ 750 milhões como anfitrião da cúpula, a mais cara que já aconteceu. Neste sábado, a Médico sem Fronteiras, uma organização de ajuda que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1999, elogiou a iniciativa japonesa como um bom começo, mas conclamou as nações mais ricas a tomar medidas para baratear os medicamentos para as nações em desenvolvimento que lutam contra epidemias, como aids, malária e outras doenças.

Durante as conversações deste sábado, os líderes do G-8 entraram em acordo sobre a necessidade de reduzir as tarifas alfandegárias para as importações procedentes dos países pobres, assim como os custos dos medicamentos, disse Etienne Reuter, porta-voz da delegação da União Européia. O grupo confiou a tarefa de reduzir o "abismo tecnológico" que separa países pobres e ricos a uma Força-Tarefa sobre Oportunidades Digitais, que informará à reunião de cúpula do próximo ano quanto avançaram nações em desenvolvimento em que até um telefone pode parecer um sonho.

Uma grandíssima oportunidade
O G-8 disse que a informática representa uma grandíssima oportunidade: os países que conseguirem aproveitar seu potencial poderão aspirar a saltar os obstáculos para o crescimento a fim de atacar a pobreza e melhorar a educação e a atenção à saúde.

O desafio de reduzir o "abismo digital" e as diferenças de conhecimento não pode ser subestimado", disse o grupo. De fato, o "abismo digital" é imenso. Cerca de 90% dos computadores conectados à Internet estão nos países de alta renda, com apenas 16% da população mundial. Nova York tem mais usuários da Internet do que toda a África.

Reconhecendo que os países pobres nunca poderão alcançá-los na corrida da tecnologia da informação porque têm que pagar enormes dívidas externas, os líderes do G-8 começaram a reunião nesta sexta-feira prometendo dar impulso a um ambicioso plano de redução da dívida estancado desde seu lançamento há dois anos.

Agência Estado

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