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Entrevista Bárbara Paz
"Quero fazer Playboy pelo dinheiro e vaidade"

Terça, 22 de outubro de 2002, 09h

Foto: Rogério Lorenzoni/Terra Bárbara Paz falou sobre o fim do relacionamento com o cantor Supla, comentou a participação no reality show Casa dos Artistas e na novela Marisol, revelou que deseja posar para a Playboy e contou dos novos projetos. Confira logo abaixo a entrevista completa:


MARISOL

O que você mais aprendeu em Marisol?

Eu aprendi a fazer televisão, a fazer novela. Foi uma grande experiência para mim porque hoje eu posso encarar uma outra novela porque eu já sei como funciona. Aprendi a técnica. Foi uma grande oportunidade ficar seis meses gravando cerca de 40 cenas por dia.

O que era mais difícil, decorar o texto ou chorar?

Eu tenho facilidade para decorar e chorar. Leio uma vez e pronto. No começo da novela eu tinha uma memória emotiva. Eu aprendi que na televisão você não tem que ter, senão você se desgasta, você vira um nada. Então eu aprendi a ser rápida, fazer uma interpretação de imediatista, que exige a televisão. Porque lá, você não tem tempo para esperar.

Como está seu contrato com o SBT?

Foi um contrato pela obra, só até a novela.

Como foi contracenar com o Alexandre Frota? Vocês brigavam??

Foi engraçado porque a gente se conheceu numa outra situação. O próprio Alexandre já é um personagem, não dá para distanciar. Ele não gosta de fazer novela e fala isso para todos. A gente nunca brigou, tudo era tranqüilo. O Alexandre gostava de gravar rápido para ir embora.

Qual foi a pior cena que você gravou? E a mais sensacional?

A pior com certeza foi no dia do acidente em que a Marisol rolou do barranco. O maquiador fez um trabalho tão perfeito. As marcas eram iguais as do meu acidente. Na cena, eu estava desmaiada na maca. Tudo o que eu vivi no acidente de carro voltou e eu fiquei mal, comecei a chorar. Lembro que todo mundo saiu do estúdio para tomar café e eu fiquei lá deitada tentando me recuperar. A cena mais sensacional vai ao ar no último capítulo, quando ela tem um novo filho com o Rodrigo.

Você aceitaria fazer uma nova novela mexicana?

Eu não sei. Agora, quero dar um tempo e fazer uma coisa para mim. Televisão é praticamente para os outros.

Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

As críticas a deixaram mal-humorada?

No começo eu fiquei muito chateada porque eu não estava acostumada. Mas é minha profissão. O que eu vou fazer? Eu não posso encanar com tudo. Eu fiz o possível e com muita dignidade. Aprendi muito e da próxima vez vou fazer melhor. Que bom que as pessoas estão ao menos observando o meu trabalho.

No seu caso, o público conheceu a Bárbara Paz como pessoa na Casa dos Artistas e depois a atriz em Marisol. Geralmente acontece o contrário. Isso foi ruim para sua carreira?

Ninguém conhecia o meu trabalho. Para o grande público, a Bárbara Paz é um personagem. Vai demorar um tempo para eles apagarem isso e olharem mais para o meu trabalho. Eu preciso ter paciência.

E, agora, o que falta acontecer em sua vida?

Eu quero fazer cinema. Tenho um projeto antigo de fazer um documentário sobre a rua.

AMOR

Você está namorando?

Não, estou solteira e curtindo a minha vida. Com o trabalho na novela, eu não tive nem tempo para a me dedicar a alguém.

Você foi rejeitada pelo Supla?

Ninguém foi rejeitado.

Por que o namoro não deu certo fora da Casa?

Ninguém programa o amor. A gente viveu uma história dentro de uma caixinha de fósforo. Quando saímos do programa estava todo mundo pirado, com muita cobrança se íamos ou não ficar juntos. Isso foi ruim e acabou que cada um resolveu seguir o seu caminho. Mas a gente segurou bem a onda. Hoje, nós não conversamos muito. Mas eu o considero um amigo. Sabe aquele amigo que você não fala, mas está sempre presente. Eu tenho saudades dele como tenho da Casa dos Artistas. É o mesmo grau de saudade que eu tenho da minha mãe. É algo que se foi e não tem como esquecer. Isso vai caminhar comigo.

E como anda a amizade com a cantora Patrícia Coelho?

Ela é a única amiga. A gente conversa muito. Uma dorme na casa da outra. A gente se dá muito bem. É uma pena que ela não pôde ir ao meu aniversário. Eu fiquei triste.

Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

Como é o homem ideal para a Bárbara Paz?

Não existe homem ideal porque a perfeição é monótona. Eu espero um homem companheiro e amigo.

Quem foi a grande paixão da sua vida?

Eu estou sempre apaixonada. Eu vivo intensamente. Então todas as minhas paixões foram grandes.

Como foi a sua primeira transa?

Eu lembro perfeitamente da minha primeira transa. Foi com um surfista da minha cidade, Campo Bom, no Rio Grande do Sul. Eu tinha 16 anos e ele 19. Ele era o garoto mais bonito da cidade. Eu pensava nunca iria namorar ele. Rolou na casa dele.

INTIMIDADES

Você continua traumatizada com o acidente que lhe deixou marcas no rosto?

Todo mundo tem suas "neuras" com a vida. Hoje eu não sou traumatizada. É uma pedra para eu não desistir e lutar. Vou fazer o que puder para melhorar o meu rosto. Não é trauma. É uma coisa mais interna. Isso é uma marca minha e cada vez mais vou digeri-la. É uma coisa imposta pela vida. Antes eu não tinha nada no meu rosto. Eu não nasci assim.

Você falou muito do acidente na Casa dos Artistas.

A Casa dos Artistas foi muito importante para eu melhorar. Foi um grande jogo psicológico. Lá, eu estava totalmente nua, exposta, sem luz artificial como tem na novela. Eu me entreguei muito. Eu ainda não assisti às fitas e nem quero ver. Esqueci que estava sendo exposta. Perdi a noção, contei a minha vida inteira. Vivi sem me preocupar com o amanhã. Se eu pudesse voltar, faria diferente.

Hoje você se sente feia ou bonita?

Tem dias que eu me acho feia e outros, bonita.

Então, você participaria de um novo reality show?

Não participaria porque deixou de ser novidade.

O que Silvio Santos representou para a Bárbara Paz da Casa dos Artistas e para a Bárbara Paz da Marisol?

O Silvio é um grande pai. É um homem muito especial, tem uma luz inacreditável. Ele é um mito da história da televisão.

O que mais você aprendeu quando trabalhou numa fábrica de sapatos?

Que um dia você tem que começar. Que ninguém vai fazer isso por você.

Qual foi o momento de maior alegria na sua vida?

Foi meu primeiro salário.

E um momento de enorme tristeza?

Foi a morte da minha mãe.

Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

Quais são seus maiores defeitos e qualidades?

Sou muito insegura e indecisa. Outro defeito é ser muito carinhosa, tem gente que não gosta de excesso de carinho. Minha qualidade: ter seios grandes (risos). É engraçado falar das minhas qualidades.

E os seus maus hábitos?

Sou bastante bagunceira, como toda libriana. Eu bagunço tudo. Adoro chegar em casa tirar as roupas e ir jogando no chão.

E um medo?

Tenho um pouco de medo da vida. Às vezes ela assusta.

Qual foi a pior coisa que você aprontou na adolescência?

Eu adorava roubar goiaba. O dono do terreno era muito bravo. Acho que eu tinha 13 anos quando resolvi roubar uma enorme. Subi no telhado de uma casinha de cabrito para pegar a fruta e não deu outra: o telhado era podre e quebrou. Caí e fiquei com os cabritos que vinham na minha direção. Com muito sufoco eu consegui sair.

Você é mística, religiosa?

Eu faço Yoga e morro de vontade de conhecer a Índia, quem sabe o ano que vem. Gosto de tudo que se aproxima da leveza da natureza.

DINHEIRO E FAMA

O que você fez com os R$ 300 mil que ganhou na Casa dos Artistas?

O dinheiro está aplicado para eu comprar a minha casa que ainda não escolhi.

Você convive bem com o fato de ser uma pessoa famosa?

Mais ou menos. Você perde a privacidade. Isso é estranho porque eu sei que tenho que estar disposta para falar. Sempre terá alguém querendo conversar com você.

E a relação com os fãs?

Eu tenho as minhas "Fadinhas". Um fã clube espalhado pelo Brasil. São pessoas que gostam de mim. Elas sempre vão ao teatro, me dão vários presentes, querem viver como eu vivo: ser feliz, escrevendo uma poesia ou amando alguém. Isso não é problema. É estranho todo muito te reconhecer.

Qual é o seu maior sonho?

Eu sempre sonho, sempre estou em busca de alguma coisa. Tem uma poesia da minha mãe que diz assim: Felicidade para mim é uma casa bem simples com girassóis na janela e uma rede de malha branquinha e nós dois deitamos nela. Esse é o meu sonho.

Você acredita que pode rever sua mãe em outra vida?

Às vezes eu acredito na reencarnação e penso em rever a minha mãe. A saudade é muito grande, mas eu acho que eu tenho que viver aqui e não lá.

Pensa em ser mãe?

Tenho muita vontade de ser mãe. Aliás, esse também é meu sonho.

E a Playboy? Porque você desistiu de posar logo que saiu da Casa dos Artistas?

Logo que eu saí da casa eu não achei que era o momento. Todo mundo que fica famoso tira a roupa e eu queria mostrar o meu trabalho. Mas um dia vou posar. Sou mulher, tenho vaidade e o cachê é muito alto. Não posso contar quanto, mas é um absurdo. É um projeto que ainda vai nascer.

ELEIÇÕES

Você se interessa por política?

Quando pequena eu me interessava mais, meu pai era político. Ele foi vereador e vice-prefeito na minha cidade.

O que acha dos artistas defenderem um político na televisão, como Regina Duarte e Paloma Duarte?

Eu acho isso uma corda bamba. Eu não faria isso, pelo menos hoje. Elas estão com medo de uma revolução. Eu acho que tem que apostar numa mudança.

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Alexsandra Bentemüller
Redação Terra

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