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Ricardo Linhares promete trama ágil e bem-humorada para às 18h

Segunda, 17 de março de 2003, 15h55

O autor Ricardo Linhares
Gianne Carvalho / Globo

Carioca, jornalista e roteirista, Ricardo Linhares foi redator de programas educativos da TVE em 1981; fez parte da equipe de redatores dos programas Viva O Gordo e Caso Verdade em 1983; foi autor de Meu Bem Querer (1998) e de O Campeão (1996 - TV Bandeirantes).

Em parceria com Aguinaldo Silva, foi autor ainda de Porto dos Milagres (2001), A Indomada (1997), Pedra sobre Pedra (1992) e Tieta (1989).

Na entrevista a seguir, ele fala sobre Agora É Que São Elas, seu mais recente trabalho.

Em Tieta e Porto dos Milagres, você e Aguinaldo Silva usaram como referência os livros de Jorge Amado. Em Agora É Que São Elas quais foram as suas fontes de inspiração para elaborar a sinopse?

A sinopse foi livremente inspirada num argumento de Paulo José chamado Cidade das Formigas. Ele se baseou no que aconteceu na cidade de Formiga em Minas Gerais, onde as mulheres trabalham para grandes confecções de roupas do país. Na Formiga real, as mulheres garantem boa parte do sustento de suas famílias com esse trabalho. A partir disso, nasceu a fictícia vila de São Francisco das Formigas, onde as mulheres também se unem em torno de uma atividade produtiva que lhes garante a independência financeira. A direção da Globo me enviou esse argumento e eu achei o ponto de partida muito interessante.

Por que Agora É Que São Elas?

Tem a ver com o ritmo ágil da trama, leve, bem-humorada, descontraída. O sentido de "agora é que o bicho vai pegar", "agora é que vai ferver", tem tudo a ver com o pique da novela.

O "realismo fantástico" parece ter sido uma marca registrada das suas novelas anteriores. Agora É Que São Elas também seguirá este estilo?

É a estréia desse gênero de novela às 18h na TV Globo. Haverá realismo fantástico misturado com comédia de costumes e muito romance. É uma história de amor rasgado, contada com bom-humor e pitadas de crítica política. A base da novela é uma história de amor mal resolvido, que atravessa décadas: a paixão de Juca Tigre (Miguel Falabella) por Antônia (Vera Fischer). Eles eram noivos, mas brigaram e não chegaram a se casar. O tempo passou, o amor virou ódio e os dois se tornaram inimigos políticos. Ele é o prefeito da fictícia cidade de Bocaiúvas, uma cidade, digamos, mais masculina, onde o poder é patriarcal. Antônia é a líder do distrito de São Francisco das Formigas, a cidade das mulheres do título original, onde o poder é exercido pela mulherada.

Agora É Que São Elas tem humor, amor, drama e fantasia. Como a novela poderia ser classificada?

Eu não gosto de rótulos nem classificações. É uma história de amor que transita entre o drama e a comédia. Há momentos densos, outros leves. Meu objetivo é levar emoção ao espectador. A emoção do riso e a emoção da lágrima.

Como está sendo, depois de tanto tempo trabalhando em parceria com Aguinaldo Silva, escrever uma novela sozinho?

Essa é a minha segunda novela como único autor titular. A primeira foi Meu Bem Querer. Venho de muitos trabalhos em co-autoria com o Aguinaldo e é um grande prazer trabalhar em dupla com o Aguinaldo: um grande escritor e um excelente companheiro de trabalho. Claro que eu sinto falta do Aguinaldo; é muito bom ter alguém para compartilhar o processo de criação e para dividir as responsabilidades. Com certeza, nós vamos voltar a assinar outras novelas juntos.

Agora É Que São Elas terá um toque de "baianidade" como outras novelas suas?

Não há nenhum toque de baianidade, nem de elementos nordestinos. Não há sotaque. A novela se passa em algum lugar não determinado da região Sudeste, entre Rio, São Paulo e Minas. Mas eu uso expressões que já fazem parte desse "estilo" de novela, como "fudunço", "nos trinques", "siricotico", etc.

A novela terá também personagens fantásticos como o Cadeirudo de A Indomada?

Sim. O curupira: um garoto encantado, com o corpo esverdeado, a cabeleira vermelha e os pés ao inverso, com o calcanhar para frente. É um ser do bem, protetor dos animais e das árvores da mata que cerca Formigas. A trama abordará também o tema das cooperativas.

A maioria das suas novelas foi exibida no horário nobre? Há alguma diferença em escrever para o horário das 18h?

É a minha primeira experiência como autor das 18h. Mas eu não estou preocupado em fazer uma novela leve, açucarada. Essa novela é antenada com o momento que o país está vivendo. Trata de temas como a independência financeira das mulheres, a corrupção política, as mães solteiras. Eu procurei me adaptar ao horário escrevendo cenas mais curtas, fazendo uma trama ágil.

Redação Terra

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