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Priscila Fantin recebe elogios por performance em Esperança

Domingo, 04 de agosto de 2002, 11h24

Priscila Fantin vive Maria em Esperança
Luiza Dantas/Carta Z Notícias

Os olhos puxados de Priscila Fantin não encantam apenas na tevê. Pessoalmente, são ainda mais expressivos. Mas a atriz causa mesmo espanto pela tranqüilidade com que encara sua fulminante carreira.

Com 19 anos de idade e quatro de profissão, a intérprete da Maria de Esperança faz seu papel de maior destaque - o terceiro na tevê - com performance elogiada. Mesmo assim, mantém o jeito simples e um desconcertante senso de realidade. "É uma carreira incerta. Hoje, posso estar na novela das oito e amanhã ficar desempregada", pondera.

Mas nada diminui o prazer de interpretar. Uma descoberta gradual, feita a cada trabalho. Primeiro, com a romântica Tati, que marcou sua estréia como atriz, em Malhação. Depois, com a boa de briga Joana, de As Filhas da Mãe. Agora, com Maria que, nos próximos capítulos, volta à cena e revive a paixão por Toni, de Reynaldo Gianecchini.

Para compor uma jovem italiana da década de 30, Priscila assistiu a vários filmes da época sobre fascismo e a vida no campo. Mas acredita que a temporada que passou em Civita de Bagnoregio, na Itália, foi o grande "laboratório" para compor a personagem. Lá, a equipe gravou durante um mês os primeiros capítulos da novela. "Tocar na terra de Civita me transportou ao passado. Me ajudou a criar raízes", conta a atriz, que deve o sobrenome Fantin à ascendência italiana. "Meus bisavós, tanto por parte de pai quanto de mãe, eram de lá", valoriza.

De fato, Priscila não encontrou dificuldades com o "portuliano" adotado na novela. Fez curso básico de italiano quando adquiriu a dupla cidadania, aos 15 anos. Além disso, contou com as aulas para o núcleo imigrante. Mas teve de se adaptar às mudanças de última hora. "No início, era para ser tudo em italiano. Aí viram que ficaria incompreensível e optaram pelo português com sotaque", revela a atriz, que diz não ligar para as críticas e a baixa audiência de "Esperança", na casa dos 40 pontos. "Ibope é um mistério. A novela pode ser linda mas, de repente, as pessoas não querem ver uma história dos anos 30. Querem uma trama moderna, como 'O Clone'", supõe.

Mas as preocupações de Priscila se concentram mesmo nas cenas dramáticas. Logo no primeiro capítulo, Maria perdeu a virgindade com Toni, numa seqüência com nudez parcial. "A direção foi cuidadosa e tinha pouca gente no set. Então, entreguei a Deus...", revela. Outra cena difícil foi a do parto, em que Maria dá à luz o filho de Toni. Como Priscila ainda não passou pela experiência, resolveu consultar todas as mães que encontrava. De cada uma, ouvia um relato diferente. Por isso, resolveu ter o filho à sua maneira. "Foi minha cena mais forte e, no final, até a Fernanda Montenegro me elogiou", conta, com um sorriso tímido.

O elogio da veterana parece maior quando comparado à trajetória da atriz. Afinal, Priscila nem mesmo pensava em seguir carreira artística quando faturou a protagonista de Malhação, em 1999. Passou um ano e meio no "folheteen" - e ainda em dúvida se queria seguir carreira. No ano passado, aprendeu luta livre para viver a determinada Joana de As Filhas da Mãe. Ao fim da novela, já estava certa da vocação e pronta para filmar o longa "1972", de José Milli Rondon. Mas foi surpreendida com o convite para Esperança. "O diretor Luiz Fernando Carvalho queria exclusividade. Pesei os prós e contras, as conseqüências... E me decidi pela novela. Sou contratada da casa", resigna-se, ciente da nova política da emissora de suspender o salário de quem recusa papéis.

Ao contrário da maioria dos atores que estréia no horário das oito, Priscila garante que o assédio nas ruas não cresceu com a novela. Apenas modificou-se. Antes, Priscila era musa do público adolescente, que assiste Malhação. Sobreviveu a vários ataques de histeria coletiva de fãs em shoppings e horários de saída de colégio. Atualmente, desfruta da boa educação de um público mais maduro. "Não gosto de chamar atenção. Mas agora acho o máximo quando uma pessoa vem falar comigo, segura na minha mão, olha nos meus olhos e comenta meu trabalho", compara.


Conto de Cinderela

Aos 15 anos, Priscila trabalhava como modelo em Belo Horizonte. Mas, ao contrário de grande parte das meninas nessa idade, não vislumbrava seguir carreira artística. Uma produtora de elenco da Globo, porém, viu uma foto dela e a convenceu a gravar um vídeo-demo para arquivo. Um ano depois, Priscila - que nem lembrava-se mais da fita - estava num intercâmbio em Montana, na fronteira entre Estados Unidos e Canadá, quando foi chamada para o elenco de apoio de Malhação. Recusou. Passaram três semanas e a Globo voltou a chamá-la. Desta vez para fazer um teste para o papel de protagonista. "Eles procuraram uma intérprete para a Tati no Brasil inteiro e não acharam", valoriza.

Priscila decidiu arriscar. Dos gélidos planaltos de Montana para o morno balneário carioca, pegou cinco aviões e levou dois dias de viagem. Foi direto para o Projac, centro de produção da Globo. Lá, conheceu o diretor Ricardo Waddington. "Sentei diante dele, morta de cansada. Ele olhou para mim e disse: 'É você'", conta. Três dias depois, Priscila já estava instalada na cidade para gravar as primeiras cenas como Tati. "Atuava por intuição, gravando de segunda a sábado 30 cenas por dia. Foi uma provação", confessa a atriz, que nunca fez curso de interpretação.


Instantâneas

# Priscila nasceu em 18 de fevereiro de 1983, em Salvador. Mas cresceu em Belo Horizonte.
# A atriz precisou trancar o curso de Publicidade porque não conseguiu conciliar com o trabalho em tevê. Mas ainda pretende se formar.
# Quando estreou na nova fase de Malhação, em 1999, o Ibope subiu de 12 para 25 pontos.
# Como Joana de As Filhas da Mãe, Priscila repetiu o par romântico com Mário Frias, na pele de Diego. Antes, eles formaram o casal Tati e Rodrigo de Malhação.
# Dandara Guerra, filha de Claudia Ohana e Ruy Guerra, foi chamada para substituir Priscila no filme "1972", de José Milli Rondon, quando ela optou pela novela.
# Além de Priscila, As Filhas da Mãe também reuniu em seu elenco os atores Raul Cortez, Reynaldo Gianecchini e Fernanda Montenegro. Mas só em "Esperança", Priscila teve a chance de contracenar com os três.
# Priscila tem uma basset dachshund chamada Yupi. "Ela é minha terapia. Em casa, passamos horas brincando".
# A atriz já saltou de pára-quedas e planeja apresentar um programa de viagens e esportes radicais. "Gosto de escalada, rapel em cachoeira e ainda quero voar de asa delta. Altura para mim não é problema".

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