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Executivo diz que problema de Jackson é "sombra da pedofilia"

Terça, 09 de julho de 2002, 12h15

Michael Jackson (Foto: Reuters)

O tiro de Michael Jackson na Sony Music pode ter saído pela culatra. O chefão da gravadora, Tommy Mottola, não respondeu as acusações de racismo feitas pelo pop star contra ele, mas executivos da empresa falaram em "off" para publicações nova-iorquinas e chamaram atenção para o "verdadeiro" problema na carreira de Jacko: a pedofilia.

Segundo fontes da gravadora, que preferiram manter o anonimato em entrevista para o jornal Daily News, o pop star arruinou a própria carreira com sua personalidade bizarra e as acusações de ter molestado crianças.

Alegações de pedofilia contra Jacko surgiram em 1993, quando um garoto de 13 anos reclamou para um terapeuta que tinha sido molestado sexualmente pelo cantor. O psicólogo levou a informação para a polícia, que investigou o caso. Ele não foi indiciado, no entanto, porque a vítima resolveu não testemunhar na Justiça. Mas o circo já estava armado.

Por achar que as acusações não colariam e por não querer abrir a carteira, o músico demorou a lidar com o problema. Quando a comoção já era generalizada e a notícia não morria na imprensa sensacionalista, Jacko piorou a situação ao fazer um acordo com o pai da vítima, que tinha processado o cantor em uma corte civil.

Foi praticamente uma confissão de culpa, especialmente porque o valor pago ao menino foi uma fortuna estimada entre US$ 15 milhões e US$ 24 milhões.

“As acusações de pedofilia assustaram o público americano”, disse o executivo da gravadora para o jornal. “Muitos pais não acham que ele é um artista ‘saudável’. Ele está na ‘sombra’ da pedofilia.”

O executivo também acha que as acusações de “racismo” são uma tentativa desesperada de estar por cima na hora de “renegociar” suas dívidas com a gravadora decorrentes do lançamento de seu disco mais recente, Invincible.

Não foi divulgado o valor desta dívida, mas a Sony Music teria gasto US$ 55 milhões para produzir e divulgar o disco e parte desta conta é do artista. Há também rumores de que Jacko tomou empréstimos da empresa, que é parte do grupo japonês de mesmo nome, e que está no vermelho em US$ 200 milhões.

Invincible teve 2 milhões de unidades vendidas no mercardo dos Estados Unidos. Seu disco anterior Dangerous, de 1991, teve 7 milhões de unidades vendidas. Seu maior sucesso, Thriller, chegou a 26 milhões de discos saídos das prateleiras e está empatado com The Eagles Greatest Hits 71-75 para o título de maior hit da indústria fonográfica em todos os tempos.

“Volte para o inferno”
A acusação de racismo contra Tommy Mottola não colou na comunidade artística negra. Em vários eventos em Nova York no sábado, ele disse que que o chefão da empresa é “racista” e tinha de “voltar para o inferno”.

O pop star também disse que ouviu o executivo descrever outro artista com um palavrão racista, mas não revelou quem teria sido, e declarou que Carey é uma das “vítimas” dele.

Segundo o reverendo Al Sharpton, os ataques foram injustos e infundados. O famoso líder negro americano tinha convidado Jacko para falar sobre os contratos de “exploração” da indústria fonográfica com seus artistas.

Ele recebeu vários telefonemas de artistas e produtores musicais negros durante o fim de semana em apoio ao ex-marido da cantora Mariah Carey. O reverendo disse que ficou surpreso e com o “pé atrás” em relação às declarações de Jacko, mas afirmou, no entanto, que dá apoio ao cantor em sua visão geral sobre a indústria fonográfica, de que há uma “conspiração” contra artistas negros.

Em um protesto no sábado na frente do prédio da Sony Music em Manhattan, Jacko chamou Mottola de “diabólico” e segurou um cartaz em que o executivo aparecia com chifres. Sharpton disse que Mottola deveria responder as acusações, mas ele ainda não fez nenhuma declaração.

Mottola tem uma reputação boa em relação a seu trabalho com artistas negros e foi um dos primeiros executivos da indústria a apoiar uma conferência organizada por Sharpton para discutir os problemas entre artistas e gravadoras.

A conferência do reverendo e do advogado Johnnie Cochran, famoso por livrar O.J. Simpson da cadeia, começou ontem completamente ofuscada pelas declarações do rei do pop. O evento Music Industry Initiative, na sede da organização não-governamental National Action Network, no Harlem, discute uma maneira de acabar com as “inadequações” do tratamento de artistas por gravadoras. O problema é que Jacko fez a conferência parecer um encontro para resolver apenas seus problemas financeiros.

O rei do pop conseguiu diminuir a importância da Recording Artists’ Coalition, uma associação de músicos que querem mudanças na relação com a indústria fonográfica. Nomes como Don Henley, Sheryl Crow, as Dixie Chicks e Billy Joel fazem parte do grupo, cuja causa pode ser discutida no web site https://www.recordingartistscoalition.com.

A Sony Music e Michael Jackson tem outros negócios juntos e pode estar aí outra razão para o atrito. A gravadora e o cantor juntaram suas forças este mês para comprar da Gaylord Entertainment Co., por US$ 157 milhões, o catálogo do lendário selo de country music Acuff-Rose, que tem mais de 55 mil canções de nomes como Hank Williams, Roy Orbison e os Everly Brothers, entre muitos outros.

Mais de 100 dessas canções são hits, como Oh Pretty Woman, de Orbinson, que estourou novamente na trilha sonora do filme Uma Linda Mulher, com Julia Roberts.

A empresa ATV, formada pelas duas partes, também tem o lucrativo catálogo dos Beatles, além de direitos sobre canções de Miles Davis, Bob Dylan e do Pearl Jam, entre outros. A empresa, formada em 1995, pode ser em breve apenas da Sony Music, porque Jacko teria usado sua parte na parceria como garantia de seus empréstimos.

Ricardo Bairos
Planet Pop

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