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Fernando Santos
Segunda-feira, 01 Abril de 2002, 16h53
terraesportes@terra.com.br

Caso Keli: a outra versão


Como prometido, e de direito, abro espaço nesta coluna para as respostas do presidente da Federação Paulista de Basquete, Antonio Chackmati, e da jogadora Karina. Eles respondem à carta publicada aqui da ex-atleta Keli, que relatou uma dramática situação, desde que abandonou as quadras devido a uma lesão e agora descobriu também um câncer no cérebro.

O presidente da FPB diz, em contato telefônico: "Nunca fui procurado por ela, ela nunca me pediu nada, não a conheço, muito menos seu advogado. Sei que se trata de uma jogadora que sofreu uma contusão, mas desconheço a gravidade que ela relatou. Também não sou "amiguinho" da Karina, como ela disse, nem fujo às minhas responsabilidades".

Afirma ainda o dirigente: "Ela não me conhece, por isso vou questioná-la e também a seu advogado. Ela acaba de fechar uma porta. Quem me conhece sabe que sou a pessoa que mais ajuda o basquete feminino em São Paulo. Quem me procura é atendido, dentro das limitações da Federação".

Mesmo diante da indignação de Chackmati, ele deixa uma pequena fresta aberta para Keli: "Ela precisa se retratar, não posso ficar calado diante de tantas blasfêmias. Nunca tive nenhum ato de desonestidade, e não posso aceitar ser tratado desta maneira".

A jogadora Karina enviou sua resposta através da seguinte carta, encaminhada por sua assessoria de imprensa:

"Caro Fernando Santos. Em sua coluna do último sábado, dia 30, meu nome foi citado em carta publicada enviada pela ex-jogadora Keli. Gostaria apenas de fazer um breve comentário sobre esse assunto, já discutido e debatido inclusive dentro do portal Terra há poucas semanas, e que, como a própria Keli afirmou, está entregue à Justiça.

Estou ciente e consciente do drama vivido por ela - não poderia ser diferente - mas não concordo com muitas coisas que foram ditas e continuam sendo ditas.

Tentamos solucionar esse problema na época da melhor forma possível mas, infelizmente, não foi resolvido, não se chegou a um acordo. Keli escolheu a Justiça para tentar resolver isso e eu, como brasileira, acredito na Justiça. Espero que tudo isso se resolva.

Atenciosamente,

Karina Valéria Rodrigues

Como foi dito na coluna anterior, a decisão de publicar a carta de Keli não foi tomada para criar uma discussão entre ela, Karina e o presidente da FPB. A intenção foi de procurar colaborar na tentativa de que ela consiga ajuda para o seu tratamento. Porém, não poderia deixar, de forma alguma, de registrar a versão de quem foi citado na carta. Uma regra básica que esta coluna sempre adotou.

A questão fundamental será, agora, tratada pela Justiça. Não cabe aqui tomar nenhum tipo de posição, em defesa de um ou de outro, a não ser relatar, dentro dos princípios jornalísticos, a versão de todos os envolvidos. Cabe ao leitor/internauta construir a sua própria opinião. E, se estiver ao alcance de alguém, que possa ajudar Keli em sua luta pela sobrevivência.

 

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