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Atletismo: Sergei Bubka

Com uma vara na mão impôs hegemonia no esporte passando a competir contra si mesmo.

Aos 11 anos sua primeira marca de 2 metros e 70 centímetros do chão foi uma surpresa. As subseqüentes, a confirmação do poderio do ucraniano, que se demonstrou em 31 de julho de 1984, quando alcançou 6,14 metros, estabelecendo o último de seus 35 recordes mundiais (17 ao ar livre e 18 em locais fechado).

Saltador Precoce

Sergei nasceu no 4 de dezembro de 1963 em Voroshilovgrad, na Ucrânia soviética. Nas mãos do treinador Vitaly Petrov, começou a se destacar nas competições locais, primeiro com o mencionado salto de 2,70 metros aos 11 anos e logo superando os 5 metros com 16 anos. Em 1981 seu nome saiu do anonimato internacional quando foi o sétimo do Campeonato Europeu Júnior. A esta altura, seu potencial causava admiração. De fato, apesar de ter se classificado como oitavo no campeonato nacional, o treinador da equipe soviética, Igor Ter-Ovanessian, o incluiu na seleção que participaria no primeiro Campeonato Mundial de Atletismo, em Helsinki em 1983.

Lá saltou para a fama. Com uma altura de 5,70, conseguiu o campeonato mundial na primeira edição dessas competições. A partir daí se empenhou para mostrar que seu título não tinha sido conseguido por acaso. Melhorou ano após ano. E em 1984 conseguiu seus primeiros recordes mundiais. O primeiro em competições em ambientes fechados estabelecendo uma marca de 5,81 metros, que quebrou posteriormente em três ocasiões. Logo, ao ar livre, marcou outro com 5,85, que ele mesmo superou quatro vezes. Nesse ano bateu nove recordes mundiais, no total.

Tudo teria sido perfeito se o bloco comunista não houvesse boicotado os Jogos Olímpicos de Los Angeles. Certamente essa teria sido sua primeira medalha olímpica. Mas ele soube esperar e quatro anos depois, em Seul, a ganhou. Sucederam-se os campeonatos mundiais. Até o mais recente em Sevilla, ganhou todos: Roma 87, Stuttgart 93, Gotemburgo 95 e Atenas 97.

Entre aspas

A hegemonia de Bubka parecia inabalável. Teve seus altos e baixos, mas se recuperava quase de imediato. Em competições sob teto, seu recorde foi batido pelo francês Thierry Vigneron (5,85. em 1984) e pelo americano Billy Olson (5,86 em 1985). Vigneron superou ao ar livre a marca de seu arque rival, impondo a sua própria de, 5,91, superior em um centímetro. Mas dez minutos depois Serguei mostrou sua garra ao chegar três centímetros mais alto e deixar em segundo o francês.

Bubka tem sido incansável até para o próprio Bubka. Nem ele mesmo conseguiu bater o seu recorde de 6,15 em local fechado, conquistado em 21 de fevereiro de 1993. Se aproximou, com outro recorde mundial, num salto de 6,14 ao ar livre em 31 de julho de 1994. Ambos seguem valendo e parecem difíceis de serem batidos. O melhor saltador do momento, o russo Maksin Tarasov, tem a marca de 6,05.

Tendão de Aquiles

As lesões começaram prejudicar o grande saltador. Na última competição seu tendão de Aquiles foi seu principal obstáculo. Sem dúvida, com seus quase 36 anos de idade, Sergei pode estar satisfeito porque será muito difícil que alguém consiga igualar ses feitos, ou pelo menos no que resta deste século.


José Luis Tapia / El Norte

versão Patrícia Fook