Londres - A equipe Toyota disse que não espera pontos nem elogios na sua temporada de estréia na Fórmula 1. O objetivo da escuderia é obter experiência e respeito. Apesar do bom desempenho nos testes, algumas pessoas estão sendo cautelosas em suas apostas até o início da temporada de 2002, em Melbourne, no dia 3 de março.

O motor Toyota mostrou ser forte e confiável na extensa pré-temporada de testes e algumas reportagens sugerem que ele tem um rendimento tão bom quanto o das equipes mais estabilizadas.

O novo carro, apresentado no mês passado, é claramente diferente da máquina lenta e ultrapassada desenvolvida no ano passado. ``A Toyota pode ser a surpresa do ano,'' disse Norbert Haug, chefe da Mercedes, empresa que fornece motor para a McLaren, à revista britânica Autosport este mês.

``Há várias equipes que estão investindo de maneira pesada e inteligente. Entre elas está a Toyota'', completou.

O chefe da Toyota, Ove Andersson, porém, prevê um ano de dificuldades. ``Achar que vamos ter sucesso é como dizer que quando começamos na escola somos o mesmo estudante que aquele que está lá há 15 anos,'' disse ele recentemente.

A situação da Toyota proporciona uma comparação interessante com a Jaguar. Há expectativa de que ela ande consideravelmente mais rápido em 2002, mas este mês a equipe descobriu um grave problema na asa do novo carro.

Em algumas semanas, tudo mudou. A Toyota não está mais fora da lista de competidores, e uma interrogação ronda a capacidade da Jaguar em subir no grid.

O diretor técnico da Toyota, Gustav Brunner, que tem mais de duas décadas de experiência na Fórmula 1, nega que a equipe esteja escondendo o jogo. ``É absolutamente verdade,'' disse Brunner à Reuters quando questionado se a terceira maior fabricante de carros realmente espera ganhar só experiência, não pontos.

``Não espere muito no começo. Este é para nós um ano de aprendizado e nosso objetivo é fazer parte da corrida, classificar-se razoavelmente. Mas não temos ilusão, resultados são muito difíceis no início.'' Brunner afirmou que o plano é estar entre os favoritos dentro de cinco anos.

Reuters