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Fora do Corinthians, Parreira curte ‘vida de madame’
Sábado, 19 Janeiro de 2002, 14h45

Agência Lance

São Paulo - Em 1958, comemorando o primeiro título mundial da Seleção Brasileira, o moleque Carlinhos tomou uma decisão. Encantado com o preparador físico da então Confederação Brasileira de Desportos, Paulo Amaral, disse que queria seguir os passos do ídolo. Iria cursar educação física. Estava determinado.

A partir dali, nascia um dos técnicos mais vitoriosos e respeitados da história do futebol. Carlos Alberto Parreira, quase 44 anos depois, comanda hoje o Corinthians, dono da segunda maior torcida do país.

Culto, fala fluentemente inglês e espanhol, “entende bem” italiano e francês, adora teatro, cinema e tem como hobby e terapia a pintura.

Parreira conta que sua cultura erudita de certa forma o ajudou a conviver e administrar as pressões e a autofagia do futebol brasileiro. Ele comentou ainda o fato de adorar passear nos shoppings da capital paulista.

Além de técnico respeitado, você também é pintor (já fez exposições) e um bom cozinheiro, não?

Parreira: (Risos) Não, não. Meu hobby, hoje, é só pintura. É um dom que eu tenho, um talento desde que eu era garoto, sempre fui um bom desenhista. E depois, já agora passado dos 40 anos (completa 59 dia 2/2), passei a pintar com um amigo meu, grande pintor no Rio, que me deu aulas. Gosto muito de pintar e de sair de barco, ir para o mar, são as duas coisas que mais me dão prazer fora do futebol.

E a culinária...

Com relação à culinária, isso depois de velho, eu aprendi a fazer alguns pratos típicos, não sou um exímio cozinheiro. Eu vivi um ano em Valencia, terra da paella, e eu gostei tanto que aprendi a fazer. Hoje eu faço uma paella, um risoto de camarão... Não sou mestre Cuca, mas faço uma paella de dar inveja ao dom Curro.

Qual foi o período de maior criatividade na pintura?

P: (Mais risos) Por incrível que pareça, quando eu era o técnico da Seleção, em 91 e 92, quando tinha tempo. Foi minha fase mais criativa. Agora estou há oito meses sem pintar. Fui para o Internacional, em maio, não tive férias e vim para o Corinthians. Essa rotina... Você chega às oito da manhã, fica até às 10 da noite. Não tem como.

Se você fosse pintar um quadro para a torcida do Corinthians, que quadro você pintaria?

P: Não sei. Só sei pintar marinhas, casarios, veja bem, eu tenho um estilo bem definido. Gosto que o mar esteja presente, barcos... Eu morei na Espanha visitei muito aquelas casas, vilarejos de 500, 600 anos, então me encanta aquele tipo de paisagem.

Você já morou nos quatro cantos do mundo. Aqui em São Paulo, qual tem sido o seu lazer?

P: (Responde rápido) Até agora... Serão muito poucos. Comidas, restaurantes, teatro, peça, cinema, talvez, e shopping, adoro shopping (risos). E não é para comprar, não. Gosto de ficar rodando, ver gente, loja. Quando morei em Nova York gostava de ficar girando em shopping. Adoro shopping!

Como admirador de museus e espetáculos líricos, você sente saudade de Nova York (onde Parreira morou, logo após a Copa, época em que treinou o Metrostars)?

P: Tenho, isso tenho. Além do lado profissional, fui para Nova York para proporcionar, a mim e a minha família, um ano de atividades culturais do melhor nível. Nova York é a meca cultural do mundo. As grandes peças, os grandes artistas, os grandes espetáculos vão para lá porque o dinheiro está lá. As grandes exposições de pintura eu assisti lá. (Claude) Monet (francês), com 150 quadros, (Henry) Matisse (francês), tudo em Nova York. Aproveitei bastante. Todas as peças teatrais, filmes. Tudo que tive direito por um ano e meio.

Quantas línguas você fala?

P: Bem, falo inglês e espanhol. E entendo francês e italiano. Não tive a necessidade de aprender outro idioma porque o inglês quebrou o galho em todos os quadrantes do mundo.

Essa vasta cultura não se choca, de certa forma, com o apelo popular que o Corinthians tem?

P: (Enfático) Não porque o Corinthians, para mim, é futebol. Veja bem, você quer mais apelo do que a Seleção Brasileira, do que o Bragantino? A gente sabe que tem pressão, mas não pode viver só da pressão. Você precisava ver (risos)... No Metrostar, de Nova York, nós treinávamos em um colégio primário que cedia o campo e era eu e meus jogadores e não tinha mais ninguém, não tinha uma viva alma, rapaz. Veja bem, um campeão do mundo, como eles diziam lá, treinando em um colégio primário. E eu feliz da vida, rapaz! Nunca tive nenhum problema. Técnico da Seleção, do Corinthians... E daí? Acabou. Não vai me afetar em nada. Eu sei da responsabilidade, tenho consciência, sei onde estou pisando, sei das cobranças. (Pensativo) E o melhor é que nunca planejei nada. A única coisa é que queria era ser preparador físico. Decidi, com 16 anos, o que eu queria fazer.

Nessa idade, geralmente, o moleque pensa em ser jogador...

P: (Risos) Naquele tempo, em 58, praticamente não tinha TV. A gente esperava o domingo para assistir ao Canal 100 (no cinema, antes do filme) e eu via a Seleção ganhando a Copa do Mundo (eufórico), aquela alegria. E via o Paulo Amaral dando aqueles treinos de preparação física lá... Aí decidi. E por isso sou um homem feliz.

Você não planejou sua carreira?

P: (Responde rápido) Pior é que não! Eu dei sorte. Já no primeiro ano de formado fui ser técnico do São Cristóvão, aí veio o Itamaraty e me chamou para ser técnico da seleção de Gana... Depois fui fazer curso na Alemanha, três meses de futebol, fiz curso na Inglaterra, aí teve um amistoso entre Alemanha e Inglaterra, o (Admildo) Chirol (ex-preparador físico da Seleção, morreu em 28/12/98) me encontrou na Alemanha: “Carlinhos, o que você está fazendo aqui? Quando voltarmos para o Brasil vamos conversar”. E fui para a Seleção em 70. Também dei sorte, rapaz. Competência e sorte.

L! Sportpress

 

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