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Pelé admite culpa no caso Unicef e volta a atacar Eurico
Sexta-feira, 21 Dezembro de 2001, 19h07

Associated Press

São Paulo - O melhor atleta do século 20 partiu para o contra-ataque. De equipe nova, Pelé está convocando discretamente a imprensa para se defender das recentes acusações de envolvimento em um escândalo de desvio de dinheiro.

Auxiliado por pelo menos seis pessoas, entre advogados, contadores e assessores de marketing, o empresário Edson Arantes do Nascimento corre atrás do prejuízo em sua imagem, causado pela denúncia publicada em novembro no jornal Folha de S. Paulo.

``Tenho fé em Deus que isso vai passar'', disse Pelé na segunda-feira. ``Mas até passar, muita gente vai ter dúvidas''.

Segundo a reportagem do jornal paulista, uma empresa de Pelé, a Pelé Sports & Marketing Inc., com sede nas Ilhas Virgens, ficou com 700 mil dólares referentes ao pagamento de um evento beneficente para a seção do Unicef na Argentina.

A equipe de Pelé preparou um dossiê, com cópias de vários documentos, para demonstrar que, apesar do nome semelhante, a empresa PS&M Inc. não pertence ao ‘Rei’.

Também constam do dossiê extratos bancários mostrando a transferência do dinheiro para uma conta que, segundo a equipe de Pelé, pertence a Helio Viana, ex-sócio de Pelé na empresa sediada no Rio de Janeiro -- a Pelé Sports & Marketing Ltda.

Pelé não se isenta de culpa no episódio. ``Dei uma procuração dando plenos poderes para um sócio em quem confiava. A culpa é minha. Eu confiava nele, por isso errei''.

A amizade de mais de 20 anos está mais do que encerrada. ''Terminada a auditoria, vai começar um processo contra o 'seu' Helio Viana''.

O empresário carioca garante que a conta bancária não é sua. ``Não fiquei com nenhum centavo daquele dinheiro'', garantiu Viana, em seu escritório no centro do Rio, na quinta-feira. Ele revelou que também está fazendo uma auditoria nas contas da empresa.

A briga judicial se aproxima. Viana disse que iria entrar com uma queixa-crime, ainda nesta sexta-feira, contra Pelé, por injúria e difamação. Um pedido de indenização por perdas e danos deverá ser o próximo passo do antigo sócio, que diz fazer tudo isso ``sem nenhuma satisfação''.

``Criei a marca Pelé, e ainda me sinto muito ligado a ela. É como brigar com um filho'', disse ele. ``É com muita tristeza que vejo ele tomando essa atitude''.

A denúncia de irregularidades gerou mais do que dúvidas. Alguns negócios e contratos de Pelé no exterior chegaram a ser abalados.

Durante o sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2002, realizado no início de dezembro na Coréia do Sul, Pelé foi questionado por ``duas ou três pessoas'' com quem mantém negócios. ``O pessoal veio me consultar, mas eles me conhecem, acho que não vai dar nenhum problema''.

Mais uma vez ele aponta para o mundo da bola em sua defesa. ''Comecei a jogar em 1958, com 16 anos. Hoje estou com 61... Poxa, Pelé está há mais de 40 anos tentando dignificar o nome do país'', diz ele, referindo-se a si mesmo -- como sempre -- na terceira pessoa.

O problema é que Pelé, que nos campos era o mais esperto de todos, admite ingenuidade nos negócios. ``Assinei várias vezes muitas coisas sem olhar. (...) Sei que vou ser enganado de novo, porque vou continuar acreditando no ser humano''.

Sentado ao lado do Rei, prestando atenção em todos os comentários, estava Celso Grellet, velho conhecido e o mais novo sócio de Pelé. Os dois são os donos da nova Pelé Pro, empresa de marketing esportivo que vai substituir a Pelé Sports & Marketing Ltda.

O filho de Pelé, Edinho, ex-goleiro do Santos, também vai participar da empresa. ``Ele estudou nos Estados Unidos, tem uma certa noção de negócios, por isso o convidei'', disse Pelé. Além disso, é uma forma de o craque se cercar de pessoas em quem confia.

Se Pelé aceita críticas por ter ``aberto a guarda'' em relação ao ``Episódio Unicef'', ele não se arrepende de outro fato pelo qual foi muito malhado: ter se aproximado do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. ``É uma coisa tão imbecil, tão absurda'', disse ele, exaltado, sobre as críticas de que se aliou à ``banda podre'' do futebol brasileiro.

No dia 13 de março, Pelé, Teixeira, Fábio Koff, presidente do Clube dos 13, o ministros de Esportes, Carlos Melles, e o presidente de honra da Fifa, João Havelange, assinaram um pacto para melhorar o futebol brasileiro.

``Cumprimentei todos, inclusive o Ricardo. A idéia era devolver alguma coisa para o bem do futebol'', disse, lembrando que graças ao acordo foi aprovado o calendário quadrienal do futebol. Enfático, ele garante: ``Se tivesse que sentar com a mesma equipe, para melhorar o futebol brasileiro, eu sentaria de novo''.

Ele, no entanto, se recusa em ser um aliado do presidente Teixeira. ``Tem culpa tem que pagar, provou tem que colocar na cadeia. Mas não adianta sair só o Ricardo. Tem que limpar os Caixas D'Água da vida (presidente da Federação carioca de Futebol), os Euricos Miranda da vida (presidente do Vasco da Gama)''.

MIL GOLS - Trinta e dois anos depois do famoso milésimo gol (de pênalti, contra o Vasco do goleiro Andrada, no Maracanã), Pelé continua pregando o futebol bonito como a saída para a crise do esporte no Brasil. ``Jogar bonito é ganhar sem medo, para ganhar. Se o jogo está 3 x 0, aí é diferente, pode dar um chapéu, de calcanhar''.

E logo a nostalgia toma conta de Pelé. ``Na época de Rivelino no Corinthians, Tostão no Cruzeiro, Garrincha e Jairzinho no Botafogo, Piazza no Cruzeiro, Ademir da Guia no Palmeiras, o torcedor se identificava com seus ídolos. Hoje o Edmundo está no Corinthians, amanhã no Palmeiras e depois no Santos, o garoto não sabe quem é seu ídolo''. ``Na nossa época, o Santos ganhava de 12, era a maneira de humilhar o adversário. Agora o jogador vai para a torcida e manda calar a boca. Por isso é que o moleque invade o campo. Não há mais respeito. É triste''.

Pelé só espera que depois de tantas denúncias e críticas, os torcedores e apaixonados por futebol não percam o respeito pelo maior jogador de todos os tempos, aquele que diz, sorrindo: ``O Santos excursionava em todo o mundo. Só não fui jogar na Lua''.

Reuters

 

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