São Paulo - “É a mesma coisa que você substituir um repórter que é melhor do que você”. Foi com essa frase que Érika definiu o trabalho do técnico Marco Aurélio Mota, que assumiu o comando da seleção brasileira feminina neste ano, substituindo Bernardinho.
Enquanto Mota não conseguiu bons resultados com o time feminino, que ficou em quinto na Copa dos Campeões e em quarto no Grand Prix, Bernardinho arrebentou no comando da seleção masculina, conquistando cinco dos seis torneios que disputou na temporada.
“O Bernardinho é o melhor técnico do mundo, mas o Marco Aurélio já mostrou que tem qualidade. Na minha opinião, tudo o que é novo precisa de uma fase de adaptação, cada um tem o seu talento, a sua prática. Acredito que em 2002 estaremos muito melhores”, afirmou Érika na tarde desta terça-feira durante o almoço oferecido pela Confederação Brasileira de Vôlei para comemorar os bons resultados obtidos na temporada.
Contando os resultados da quadra e da areia, o Brasil conquistou 17 dos 22 torneios que disputou em 2002. Na areia, Adriana Behar e Shelda e Tande e Emanuel conquistaram o circuito mundial. Na quadra, a seleção masculina venceu a Liga Mundial, a Copa América e o Campeonato Sul-Americano. Já as seleções juvenis masculina e feminina foram campeãs mundiais, mesmo título obtido pelo time infanto-juvenil brasileiro. Apenas a seleção feminina adulta, que ganhou só o Campeonato Sul-Americano, decepcionou.
“Tivemos dificuldades, mas criamos uma base boa e temos tudo para melhorar no ano que vem”, explicou Marco Aurélio Mota.
Com todas as conquistas obtidas pelo Brasil em 2001, Giovane e Maurício abandonaram a modéstia e afirmaram que o país é atualmente a maior potência mundial da modalidade.
“Se somar a média geral de todas as categorias tanto na areia como na praia, nós temos o Brasil como o número 1”, afirmou Giovane. “Os resultados desse ano colocam o Brasil como o melhor do mundo”, afirmou Maurício.