Porto Alegre - Demorou, mas até que enfim o técnico Tite recebeu o reforço do meia-atacante Luiz Mário. O jogador chegou a Canela às 16h30min de ontem, foi apresentado ao treinador e começou a trabalhar em seguida com o Grêmio.

O paraense Luiz Mário, 24 anos, apenas correu ao redor do gramado. Foi seu primeiro treino depois de quatro dias em que o maior esforço foi acertar o contrato com o Grêmio.

Mas o primeiro dia de Grêmio foi movimentado. Realizou exames médicos e viajou para Canela com o diretor executivo Dênis Abrahão. Luiz Mário correu por 30 minutos e depois assistiu ao treino tático comandado por Tite. Garantiu que se fosse preciso não teria problemas para enfrentar o Figueirense, pois até sexta-feira participou de todas as atividades da pré-temporada do Corinthians, em Atibaia, interior paulista. Mas ele não está relacionado.

O meia terá um ano de empréstimo para convencer o Grêmio a comprá-lo por R$ 1,7 milhão. Será a chance de mostrar o futebol que o consagrou no Mogi Mirim em 1999. Foi um dos destaques do Paulistão e teve seu passe comprado pelo Corinthians por US$ 1,5 milhão. Chegou com cartaz, mas havia Marcelinho e Ricardinho como meias titulares, e teve poucas chances. Disputou somente 10 partidas completas. "Entrava e sempre jogava bem, mas é difícil desbancar o Marcelinho", conforma-se.

A passagem pelo Corinthians estancou a trajetória iniciada no Remo. Saiu de Vigia, cidade vizinha à Ilha de Marajó, para estudar e acabou como titular do Remo com 17 anos. Bastaram nove meses para ser comprado pelo Mogi.

Luiz Mário deve encontrar outro obstáculo intransponível para jogar no Grêmio, ao menos de imediato. Justamente agora, Ronaldinho está atuando como meia-direita. Se o craque continuar no Olímpico, é ali que Tite pretende utilizá-lo. Luiz Mário não quer esquentar lugar na suplência de novo. Tanto que ontem assistiu com a máxima atenção ao treino e detectou uma brecha para ganhar uma vaga de titular.

"Agora, o Ronaldinho está atuando de atacante", observou, enquanto concedia entrevista, com os olhos vidrados no campo do Gramadense.

Agência RBS