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Coluna da Monica

Céu e inferno
21 de agosto de 2002

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Os conceitos do bem e do mal aparecem em todas as culturas, assim como o certo e errado, o céu e o inferno. Também permitem uma idéia de que as pessoas boas sejam recompensadas no reino celestial e as más, sofram no inferno. Para quem acredita na reencarnação, a idéia do céu pode ser considerada um pouco distante, pois ser justo ou não, implica em retornar em vidas futuras para colher os frutos destas ações. Este processo está associado a idéia do karma; a causa e o efeito, onde os créditos e débitos são "memorizados" em um registro universal chamado "registro akástico".

Para os espiritualistas, o céu representa a esfera superior, no qual moram os seres de luz e os deuses. No Velho Testamento, o céu era visto como a morada de Deus. Na Idade Média, o céu passou a ser visto também como morada dos fiéis; um estado de felicidade, convivendo com os santos. Já o inferno -- o mundo inferior, está sob as trevas, sob a terra. Segundo Helena Blavatsky, o céu é o svarga que em sânscrito significa "mansão celeste" ou aquele estado puramente subjetivo de perfeita felicidade, no qual se encontram as almas dos justos durante o período existente entre duas encarnações consecutivas.

De acordo com o Glossário Teosófico, a única diferença entre o frio inferno escandinavo e o ardente inferno cristão consiste em suas temperaturas, embora muitas religiões com conteúdos esotéricos também adotem a postura do inferno quente. Esta idéia, nasceu entre os egípcios: Rá, o deus solar converteu-se em senhor do fogo ardente e os maus, eram ameaçados com o fogo infernal (de inferi - mundo inferior).

Para algumas religiões como o Hinduísmo e o Budismo, é distante a concepção do céu e do inferno como morada dos seres humanos. Eles acreditam na idéia próxima a do purgatório, onde as almas pecadoras experimentam um sofrimento durante um certo tempo e quando terminado, voltam a participar do ciclo da reencarnação. Na tradição cristã, o conceito do céu e do inferno são um pouco confusas. O morto permanece enterrado até o juízo final, e a alma eterna iria para o reino da punição ou da recompensa. Depois, a alma retornaria para fixar-se ao corpo (enterrado) na Terra. E para onde as almas seguem depois da morte? Para os espiritualistas, as almas iriam para um mundo chamado Devakan, ou mundo celestial.

A tradução da palavra Devakan significa "o lugar da região brilhante". Neste plano estão excluídos os tos negativos e a tristeza. Uma solução adotada por alguns estudiosos é de que existem várias divisões no céu e também no inferno. Um dos exemplos desta teoria, encontra-se no Inferno de Dante: ele retrata o inferno, composto de nove hierarquias maléficas e o céu, imaginado com esferas concêntricas de luz, equiparadas as nove hierarquias angelicais. As almas estariam posicionadas de acordo com os atos bons que praticaram na Terra.

Monica Buonfiglio