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Toda mulher é espiritualmente livre e administradora da sua própria evolução. Para melhorar este aperfeiçoamento é preciso contar com a inteligência, além da verdade, honestidade e dignidade.

É importante não desistir do seu ideal. Não ser apenas mais uma, mas única. Também não espere pela revolução, seja você a revolução.

A humanidade, dentro deste atual contexto religioso, social e familiar, lançou-se de ponta-cabeça na chamada cultura centrada no eu, no egoísmo.

Obrigaram a mulher a viver na era do ser existencial, audaciosamente indiferente ao próximo, onde cada um se vê como criador de seus valores e guardião da sua própria consciência. Cabe a mulher ensinar que é possível viver num mundo com mais sentimento e liberdade para dizer "não" à submissão. Quanto maior for a nossa percepção, a evolução do espírito também ficará maior.

Grande parte da violência que ocorre mostra a reação natural diante de tanta impotência. Isto faz com que a mulher sinta-se como uma estranha no mundo.

O mundo material apenas reproduz o que existe. A violência não nasce por acaso, já que é fruto do resultado de uma sociedade doente, onde o ódio, a violência emocional e física atinge-nos e também aos outros.

Em um determinado período da sua vida, a religião pode ter sido um salva-vidas, uma ajuda necessária, pois é próprio da mulher se integrar, fazer parte de um grupo. O problema é usar a religião como uma arma preconceituosa contra outras mulheres. Jogue fora as armas! Só o amor dá sentido à vida e ele não pode ser usado para discriminar. Com amor, e através do amor, é possível suportar as dificuldades, não aceite o que é processado de maneira coercitiva e fanática.

Este milênio não será chamado de "Era do Matriarcado" (organização social e política na qual a mulher exerce autoridade preponderante), mas, de acordo com Rose Marie Muraro, será chamado de "Era Matricêntrica", onde todas irão falar para serem ouvidas.

Uma nova história está sendo escrita pelas mulheres, não resta dúvida quanto a isso.

Desejo que todos os esforços para que o planeta continue neste ciclo evolutivo sejam resumidos em deixar as mulheres viverem em paz para evitar conflitos.

O verdadeiro valor consiste em saber quem você é, viver plenamente e morrer quando for a hora de morrer.

Monica Buonfiglio/Especial para o Terra