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Monica Buonfiglio
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Minha experiência com a regressão de memória

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Realizei minha regressão de memória em 1979. Havia (Tinha) ouvido falar muito pouco sobre a regressão. O tema me provocava certo receio. O parapsicólogo orientou minha jornada na vida passada, depois do relaxamento. Ele me perguntou:

- O que você está vendo?
- Meus pés são negros...não sou mulher...
- Descreva o ambiente em que vive.
- Estou na Bahia, Salvador. O primeiro nome que me vem à mente é Pelourinho...isso. Devo ter 30, 40 anos.
- Em que ano se passa esta história?
- 1920 ou 30...talvez...
- Descreva o ambiente da sua casa.
- Minha casa é pequena, com a fachada coberta com azulejos azuis, duas janelas e uma porta. Estou me vendo escrevendo no quarto, alguma coisa sobre a cultura afro...
- Qual é o primeiro nome que vem à mente?
- Mané! Alguém me cumprimenta: "Já vai Mané?..." Acho que sou muito querido. Mané querido, muito querido, alguma coisa assim.
- Descreva o momento exato da sua morte.
- Caí numa armadilha! Tudo está girando... Dois homens estão batendo em mim. Estou morrendo.
- O que mais?
- Algumas mulheres religiosas correm e gritam: "acudam o Mané!".

Descrevi apenas um trecho da regressão. Na verdade, esta experiência demorou quatro horas em uma clínica de parapsicologia. O que acho interessante é a maneira de como isto acabou por influenciar minha vida atual, muitas vezes, sem me dar conta disso.

Em 1996, recebi uma proposta para abrir uma escola esotérica em Salvador. Por uma coincidência maravilhosa, a loja foi aberta no Pelourinho! Na ocasião da inauguração, aproveitei para procurar informações sobre o nome que havia dado na época da regressão.

Fui até o IPAC (Instituto Artístico e Cultural) e perguntei ao funcionário se era possível encontrar o nome de antigos moradores da região. Já estava lá mesmo, não custava tentar. Pedi para procurar informações como Manuel Querido, Manuel Garrido e todas as semelhanças destes nomes. No arquivo, foi encontrada a ficha de:
Querino Manuel. 1920.
Escritor, pesquisador, político.

Não acreditei quando o funcionário retirou o documento do arquivo e solicitei mais informações. Li sobre sua infância e também sobre sua vida: "Lecionou no colégio de órfãos São Joaquim, em Salvador. Foi fundador do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Participou da Sociedade Libertadora Baiana. Líder sindical, jornalista e escritor".

Perguntei ao funcionário se era possível ter acesso ao endereço. Ele passou a informação:
-Sua residência fica no bairro da Saúde, na travessa da direita, número 2.

Fui até o endereço e tive a confirmação da minha regressão. Me deparei com uma rua estreita. Uma das casas tinha azulejos azuis na fachada! Comecei a confirmar algumas passagens da minha regressão. Perguntei ao rapaz que trabalhava no local se ele já havia ouvido falar no Sr. Manuel Querino. Ele respondeu que este senhor havia morado naquela casa há muitos anos. A casa, agora, pertencia a uma família de portugueses que moravam em Lisboa.

Fiquei muito emocionada. Tudo parecia um grande quebra cabeça. Estava sob um forte efeito emocional. Um mês depois, retornei a Salvador para continuar com minhas investigações. Fui ao Terreiro de Jesus onde fica a sede do Centro Histórico de Salvador.

Nas bibliotecas, procurei tudo sobre ele, e a cada pesquisa, minhas informações "batiam" com a experiência da regressão. Consegui ter em minhas mãos, todos os livros que Manuel havia publicado, já que ele foi um escritor. Estive no jornal A Tarde, onde na década de 20 ele prestou serviços, pois também foi jornalista. No centro de documentação, encontrei mais informações e uma foto.

Muita coisa passou a ter sentido na minha vida. Uma delas foi o fato de ter ingressado no Candomblé há 25 anos, mesmo contra a minha família.

Hoje, passados tantos anos da minha regressão, entendo o porquê do meu grande amor pela cultura afro brasileira, além de ser apaixonada por Salvador (mais especificamente, Pelourinho, onde tenho amigos há muitos anos, como a Banda Didá, vários artistas e amigos da capoeira, como Bracinho, Mestre Mica etc).

Entendi também porque optei por cursar jornalismo (deixando de lado a advocacia) e ter como hobby a apreciação dos movimentos culturais da Bahia (sou voluntária de projetos sociais no Pelourinho há 12 anos).

E para completar, estou namorando há um ano um baiano, negro, que estuda a cultura afro. Além disso, trabalha exatamente no lugar onde supostamente vivi: Pelourinho. Por isso acredito que o passado descoberto através da técnica da regressão de memória acaba, de certa maneira, modelando nossa vida atual.

Monica Buonfiglio/Especial para o Terra

 
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