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A Federação Mundial de Musicoterapia explica que "Musicoterapia é a utilização da música e/ou de seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia), por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, em um processo destinado a facilitar e promover comunicação, relacionamento, aprendizado, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender às necessidades físicas, mentais, sociais e cognitivas. Também busca desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo para que ele ou ela alcance uma melhor organização intra e/ou interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida, através de prevenção, reabilitação ou tratamento".

Música é a arte de coordenar fenômenos acústicos para produzir efeitos estéticos. Como todas as artes, a música faz parte da humanidade. Para os gregos, os inventores da música foram Apolo, Cadmo, Orfeu e Anfião. No Egito, é consagrado à Toth ou a Osíris.

Os historiadores concedem à Pitágoras a invenção de um monocórdio para determinar matematicamente as relações dos sons. Em 540 a. C., Lassus, o mestre de Píndaro, foi o primeiro a escrever uma teoria sobre a música.

A tradição cristã reteve grande parte do simbolismo pitagórico da música transmitido por Santo Agostinho, um estudioso sobre temas angélicos. Ele explicava que o som influenciava o mundo dos anjos, ou seja, que a música é uma expressão natural e completa para contatar seu anjo da guarda.

Por ser uma ativação poderosa, a música é capaz de alterar nossa percepção; esta relação entre a música e a consciência é conhecida desde os tempos mais remotos.

Os magos da Antigüidade ensinavam que a emissão do som possuía um potencial de transformação muito poderosa. A música clássica e melodiosa, inspira sentimentos doces e amáveis. Já os ritmos mais exaltados, intoxicam o corpo sutil ou áurico.

O jesuíta, físico e alquimista Athanasius Kircher (1601-1680) associou as notas musicais às categorias angelicais. Segundo ele, o Dó, aciona os Anjos e Arcanjos; Ré, os Principados; Mi, a qualidade Virtudes; Fá, Potências; Sol, os Domínios; Lá, os Tronos; Si, os Querubins, e ao conjunto das notas que formam a melodia, os Serafins.

Todas as cores emanam de uma cor primordial (Deus), que se dividem nas sete cores correspondentes às sete notas musicais:

Si: branco ou violeta
Lá: índigo ou amarelo
Sol: azul ou índigo com púrpura
Fá: verde ou preto
Mi: amarelo creme
Ré: vermelho ou laranja
Dó: vermelho ou rosa prateado

A música é um eco do impulso da criação divina. Para aproveitar toda a energia benéfica da música, siga algumas regras: seja seletivo com as músicas que você escuta; ouça-as em casa; evite músicas em alto volume; adquira o gosto pelo canto e se desejar, utilize-as na meditação.

Monica Buonfiglio/Especial para o Terra