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Quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005
Parsival e a lenda do Graal

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Parsival é o nome de um personagem criado em 1180 pelo escritor francês Chrétien de Troyes. Obteve uma aceitação tão surpreendente que foi adaptado em diferentes versões e em vários idiomas. Wonfram von Eschenbach compôs seu Parsival, oriundo de Chrétien, por volta de 1210.

A história é assim relatada: Parsival é filho de um nobre cavaleiro que morreu durante uma batalha. A mãe, com medo de perdê-lo, refugiou-se numa floresta. Quando o jovem cresceu, decidiu ser um cavaleiro como o pai, e por não conseguir mudar seu destino, a mãe acabou morrendo de desgosto pela separação.

Parsival era considerado um tolo, pois acreditava que poderia fazer qualquer coisa para ser um cavaleiro da Távola Redonda. Transformou-se em um ser insensível, frio e egoísta. Mesmo assim (por obra do destino), ele consegue ser cavaleiro.

Rei Artur já conhecia, através do Mago Merlim, o destino de Parsival, mas não entendia como Deus poderia ter enviado um homem tão despreparado para proteger dos impuros, algo tão precioso como o Graal. Assim, Parsival conseguiu transpor o mundo real para o universo mágico do Santo Graal, onde nenhum mortal havia conseguido penetrar.

Desconhecendo as causas que o levaram até o Castelo do Graal, não imaginava que o fato de não ter formulado uma pergunta-chave para o rei assim que chegou, fez com que imediatamente todo o reino (mágico e terreno) sofresse, pelo fato de ter sido egoísta.

Diante de todo tipo de desgraças e moléstias que começaram a acontecer, os habitantes do Castelo do Graal decidiram ignorá-lo. Parsival partiu e tornou-se um peregrino, a procura do conhecimento e de respostas para entender o que poderia ter feito de errado para ter sido expulso de um lugar tão mágico. Conheceu um sábio eremita chamado Trevrizant, e obteve todo o conhecimento necessário para desfazer o mal entendido, e assim, revitalizar tanto o reino do Graal, como do Rei Artur.

Após ter aprendido o que representava ser o zelador do Graal, além de ter passado por todas as provas concedidas pelo ermitão, com humildade e sabedoria, conseguiu uma nova chance e o mundo mágico abriu-se novamente para ele.

Desta vez, conseguiu formular a pergunta correta no Castelo do Graal, salvando o rei de uma doença até então incurável, tornando-se o soberano da tradição secreta, devolvendo a prosperidade ao mundo real de Artur. Esta história foi utilizada com certo fascínio pelos trovadores dos séculos XII e XIII.

Mas, por que existe um interesse excepcional, que é sustentado durante séculos por esta história, além de tudo que envolve o mistério do Graal? A resposta é simples: o mito explica o poder da libertação do espírito que o ser humano anseia. Parsival está ligado aos tesouros eternos do inconsciente coletivo. As informações jorram aqui e ali no meio de torneios, castelos, reis e rainhas.

O conteúdo da história refere-se a "busca de uma preciosidade - o Graal - e a libertação de um feitiço". O conteúdo do livros sobre Parsival, foi por muito tempo uma espécie de código da maneira cavalheiresca de viver que surgiu no séc. XII e obteve muita popularidade. Nesses tempos, a mulher exercia uma extraordinária influência nos costumes e na cultura da época, pois era a musa inspiradora.

No Renascimento a história foi esquecida e no séc. XVIII o tema voltou ao interesse geral. Finalmente, no século XIX, Wagner expressou através da ópera uma obra discutida e admirada no mundo inteiro. A história de Parsival - lenda do Graal, não foi verificada apenas na arte, mas em muitas ordens secretas como dos Templários, Cátaros, Rosacruzes, além da Gnose, Antroposofia e Maçonaria.

A simplicidade de Chrétien de Troyes - e posteriormente de outros autores, como Wonfram von Eschenbach - permite reconhecer que, quem escreveu esta história não era um clérigo, doutor, tampouco um poeta, mas um leigo que, de forma comovente, se esforçou em transcrevê-la, concedendo a obra um encanto incomum.

Monica Buonfiglio

 
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