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Monica Buonfiglio
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Quarta-feira, 05 de janeiro de 2005
Orixás - devas da natureza

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Minha primeira experiência com os Orixás e o oráculo de búzios aconteceu espontaneamente aos dez anos de idade. Uma amiga adepta ao Candomblé, achou estranho meu interesse sobre o tema e sugeriu à minha mãe que me encaminhasse a um terreiro de Umbanda para que pudesse desenvolver o que ela chamava de mediunidade. Mas a tentativa foi em vão; embora eu sentisse a vibração das entidades espirituais, permanecia consciente, enquanto os outros médiuns se diziam inconscientes no momento da incorporação.

Foi sugerido que procurasse o Candomblé e seguisse os rituais de iniciação, pois desse modo teria a incorporação inconsciente que não alcançara na Umbanda. Assim, fui encaminhada a um terreiro, onde fiz as obrigações, tornando-me uma iniciada aos dezoito anos (mesmo assim, ficava "irradiada" e não "inconsciente").

Nessa época, vivi um período de conflitos, pois discordava de alguns aspectos da prática, principalmente do sacrifício dos animais no culto, além da má índole de alguns sacerdotes que visavam apenas ganhos financeiros, explorando a boa-fé das pessoas.

Sempre entendi que os Orixás são devas da natureza que, como tais, não podem aceitar esta etapa do ritual (sacrifício) como forma de despertar seu axé (força). Os devas representam a natureza e fazem parte dos elementos:

  • terra
  • água
  • fogo
  • ar

    Sintetizam as leis da natureza, tornando possível a conscientização e a importância da ecologia para a preservação de tudo o que é vivo neste planeta. Em nosso "Eu Superior" vive um Orixá, um anjo, um deva. As histórias sobre os deuses-orixás nos falam de seres profundamente humanos.

    Alguns pesquisadores dizem que os Orixás viveram realmente na Terra, foram pessoas com intensa força xamânica, respeitados pela comunidade, cujos comportamentos e arquétipos encontram correspondência em várias mitologias, entre elas a greco-romana, a tântrica (Índia) e a rúnica (viking/escandinava).

    Ninguém sabe ao certo quantos Orixás existem, partindo-se do princípio de que eles são "tudo o que é vivo", ou seja, a natureza. Calcula-se que o número de Orixás em várias cidades (tribos) estaria em torno de quatrocentos deuses.

    Durante o tráfico negreiro, que começou no século XVI se estendendo até o século XIX, o culto aos Orixás ficou restrito a umas cinqüenta divindades. Dessas, dezesseis foram mais invocadas, pois eram deuses guerreiros e assim sobreviveram no Brasil.

    Seu principal ponto de chegada em nosso país foi o litoral baiano e fluminense. A religião destes recém-chegados era muito entremisturada. Os negros provinham das mais diferentes localidades, sofridos, arrancados da sua terra numa migração passiva com um destino incerto.

    Desta maneira poderíamos dizer que a religião nagô faz parte da cultura iorubá, a religião jeje pertence a cultura daomeana e a religião banto tem o mesmo nome de Angola. Alguns negros chegaram aqui com influência do Islamismo, enquanto que o Candomblé, pode ser entendido como uma extensão pertencente a religião nagô (iorubá).

    Monica Buonfiglio

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