Guia de investimentos

Tesouro Direto

Tributação: IOF (regressivo, zerando após 30 dias), Imposto de Renda regressivo (22,5% até 180 dias de aplicação; 20% entre 181 e 360 dias de aplicação; 17,5% entre 361 e 720 dias de aplicação; 15% acima de 720 dias de aplicação)

Taxas: taxa de administração do agente de custódia (é variável, mas fica entre zero e 1% ao ano)

Rendimento no ano: 12,42% (carteira de títulos até novembro)

Funcionamento: O Tesouro Direto é um investimento elaborado pelo Tesouro para captar dinheiro para o Estado. Estão aptos a adquirir títulos públicos no Tesouro Direto os investidores que possuam Cadastro de Pessoa Física – CPF, residam no território nacional e tenham conta corrente em alguma instituição bancária. O limite mínimo de compra por investidor é a fração de 0,2 título (aproximadamente R$ 200,00) e o máximo de R$ 400 mil por mês.

Para poder comprar e vender títulos, o interessado deve ter cadastro junto a um agente de custódia (banco ou corretora), a quem paga uma taxa de administração. Os títulos têm um período de vigência e, durante esse tempo, pagam um juro sobre seu valor de face. No final deste período, o investidor recebe de volta o valor pago pelo papel, mais o rendimento. Caso o investidor queira vender seu título antes da data limite, o governo garante a recompra, contudo, o investidor pode arcar com prejuízo, já que a garantia do juro acordado no momento da aplicação leva em consideração a venda somente na data de vencimento, a venda antecipada varia conforme o desempenho do título. Exemplo, se o título vai bem e tem um rendimento acumulado, na exata metade do tempo de vigência, o investidor pode receber mais de 50%, se estiver indo mal, pode receber menos.

O pagamento de juros sobre o valor de face do papel pode ser feitos semestralmente ou anualmente e são retirados juntos ao agente de custódia contratado pelo investidor. A compra de títulos pode ser feita pelo próprio interessado ou ele pode autorizar seu agente de custódia que realize compras em seu nome.

Opinião do especialista: O Tesouro Direto se mostra interessante ao investidor, pois elimina, no geral, um intermediário em um processo de aporte no Estado: o banco. Geralmente, o dinheiro usado em aplicações CDB é colocado nesse tipo de papel.

Segundo o analista da Souza Barros, Daniel Garcia, outro fator de atração é o custo da taxa do investimento, que costuma ser baixa (fica entre zero e 1% ao ano). Assim, ele se torna uma opção interessante para quem quer diversificar os meios de aplicar o dinheiro guardado.

O limite para investimento mensal é relativamente alto (R$ 400 mil) e o site do Tesouro ajuda o investidor a se servir dos papéis que quer investir oferecendo os disponíveis. Assim, o interessado pode agir de forma mais autônoma, sem ajuda de terceiros (apesar de precisar de um registro em uma agenciadora para poder comprar os títulos).

Warren Buffett

Fotos: EFE

Terra