A reação européia

Entenda a crise do crédito

Confira os principais acontecimentos da crise econômica, que começou com os empréstimos de risco nos Estados Unidos

Vendo a situação nos mercados mundiais piorarem, na esteira de uma sucessão de quebras de bancos, em setembro, e do efeito quase nulo do pacote dos Estados Unidos sobre as bolsas de valores, os países europeus começaram a trabalhar em medidas mais efetivas contra a crise financeira.

Inicialmente, foram tomadas medidas isoladas por alguns países, como a garantia ilimitada de todos os depósitos, papéis e dívidas dos bancos da Irlanda, concedida em 30 de setembro pelo governo do país.

A atitude irlandesa colocou outros países europeus sob pressão, pois a extensão das garantias aos depósitos particulares poderia gerar um efeito dominó, visto que na União Européia (UE) a circulação de capital é livre e as pessoas poderiam simplesmente retirar seu dinheiro e depositá-lo em países com as maiores garantias, complicando ainda mais a liquidez dos já combalidos bancos do continente.

O caráter integrado da economia e do sistema financeiro, conjugado com a ausência de uma autoridade comum, levou os países do bloco a manifestaram a intenção de tomar medidas em comum para amenizar a turbulência.

Depois da Irlanda, o Reino Unido anunciou, no dia 8 de outubro, um plano de 50 bilhões de libras para recapitalizar os bancos do país.

Sob pressão do efeito abaixo da expectativa do pacote americano e reunidos em Paris, no dia 12 de outubro, os líderes dos 15 países que adotam o euro como moeda decidiram, além de garantir os empréstimos interbancários, recapitalizar os bancos do continente e assegurar que nenhuma instituição financeira quebrasse.

Além disso, eles acordaram que os países do bloco deveriam estender suas garantias para depósitos particulares a pelo menos 50 mil euros, ressaltando que alguns países garantiriam até 100 mil euros.

Ao longo da semana seguinte, Alemanha (500 bilhões de euros) e França (360 bilhões de euros), além de outros membros da UE, anunciaram planos para estabilizar seus mercados financeiros.

Entenda a crise de crédito

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