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Secretaria do Meio Ambiente muda para reforçar ação ambiental

Secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano

O secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Xico Graziano, disse, por telefone, à reportagem, enquanto visitava cidades do litoral paulista, durante a semana do meio ambiente, que está reestudando a organização administrativa da secretaria.

De acordo com Graziano, desde o governo Montoro, quando foi criada, não se tinha avaliado a organização da instituição. "O organograma funcional era dramático. Definimos áreas de competência e, no dia 4 de agosto, faremos concurso para a contratação de 300 especialistas ambientais, a nova carreira de funcionários públicos que fornecerá o quadro básico da instituição. Também estamos criando a Coordenadoria de Educação Ambiental no âmbito da nossa reorganização administrativa."

O secretário diz que é preciso investir em gestão. "Sem uma boa gestão é muito difícil o avanço do ambientalismo." O passo seguinte, de acordo com o Gaziano, é a transformação da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em Agência Ambiental, o que deve ocorrer nos próximos oito meses. "A secretaria vai cuidar da gestão, da formulação de política, da educação ambiental, e a Cetesb será a executora", explica.

Entre os 21 projetos ambientais estratégicos que estão sendo tocados pela secretaria, Graziano citou o cadastramento de madeireiras. "O governador José Serra assinou na segunda-feira decreto de criação do Cadastro Estadual das Madeireiras Paulistas, que leva à certificação da madeira por parte das empresas, resultando no consumo sustentável e em contribuição contra o corte ilegal de madeira na Amazônia."

O secretário também citou a inclusão no Sistema Integrado de Informações Físico-Financeiras (Siafísico), da Secretaria da Fazenda, de 150 itens que receberam o Selo Socioambiental da Secretaria do Meio Ambiente. "Com essa medida, o administrador que for realizar compras para o setor público poderá optar por aqueles que têm o chamado selo verde. Começamos com 150 itens, mas queremos chegar rapidamente a 3 mil", disse Graziano.

Entre os 21 projetos estratégicos da secretaria estão o de controle de poluição atmosférica, com aumento da fiscalização e uso de novas tecnologias, estabelecimento de metas de redução e neutralização para as indústrias poluentes, ampliação do seneamento básico, aprovação de planos de manejo para unidades de conservação, como parques, estações ecológicas, reservas, no conceito de co-gestão, e regularização de parques e reforço da fiscalização.