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Quércia diz que é usado como bode expiatório no caso Banespa

Segunda, 20 de novembro de 2000, 09h33min
O ex-governador de São Paulo Orestes Quércia disse há pouco, em entrevista à Rádio CBN, que foi usado como bode expiatório no escândalo do Banespa. Segundo ele, o Banco Central definiu o caminho de privatizar bancos estaduais e, para justificar isso, usou a gestão dele. "Todo mundo sabe que o Ministério da Fazenda, o ministro Pedro Malan tem mais interesse em Wall Street do que no povo brasileiro", disse.

Quércia afirmou que o único empréstimo que fez durante seu governo foi após o Plano Collor, quando, segundo ele, a arrecadação tributária do Estado foi reduzida. "Mas o empréstimo foi feito com autorização do Banco Central e do Senado", garantiu.

Em 1994, o Banco Central decretou intervenção administrativa do Banespa. Começou uma briga na Justiça, para tentar provar a responsabilidade de Quércia, Fleury, dois diretores do Banespa (Carlos Augusto Meiberg e Saulo Rodrigues), além de outros dirigentes, denunciados por gestão temerária e fraudulenta.

Um relatório feito pelo BC, de 12 mil páginas, mostrava que Quércia e Fleury usaram o Banespa politicamente, o que teria sido uma das principais causas da quebra do banco. O inquérito do BC aponta que as AROs realizadas no final do governo Quércia representam parte substancial das dívidas do Estado com o Banespa. Em dezembro de 94, segundo os documentos do BC, a dívida das AROs chegava a US$ 3,327 bilhões, o equivalente a 30% do volume total, de US$ 11,127 bilhões.

O relatório do BC diz ainda que ao longo das gestões de Quércia e de Fleury, o Banespa foi transformado num banco para os negócios do Estado, obrigado a suportar a necessidade de financiamento do governo e de suas empresas. Em maio de 92, segundo o documento, governo paulista e Banespa fecharam um acordo referente às dívidas do Estado e suas estatais com o Banespa.

Esse acordo, com o governo federal e o BC, renegociou a dívida de US$ 3,4 bilhões por 12 anos. Com os juros previstos no acordo, e considerado o saldo devedor de US$ 11,1 bilhões em 31 de dezembro de 94, Covas deveria estar pagando cerca de US$ 600 milhões por mês. O valor representava mais da metade da arrecadação estadual com ICMS, de cerca de US$ 1 bilhão por mês.

No final de março de 1996, o Ministério Público Estadual pediu o bloqueio dos bens de Quércia e de Fleury e de 105 ex-administradores do banco. O embargo do patrimônio dos acusados visa garantir o ressarcimento de prejuízos sofridos pelo banco. As perdas, em valores atualizados a dezembro de 94, somam R$ 2,8 bilhões e são relativas a concessões de empréstimos especiais a pessoas físicas e jurídicas.

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Redação Terra e Agência Estado

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