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Mais politizada, 7ª Parada Gay veta Casseta & Planeta

Segunda, 16 de junho de 2003, 20h

Parada em 2002
Foto: Rogério Lorenzoni / Terra

A sétima edição paulista da Parada do Orgulho Gay, que acontece no próximo dia 22, segue a tradição de trazer às ruas muita gente fantasiada com as cores do arco-íris num protesto humorado para a não-discriminação. Desta vez, porém, o movimento será mais politizado que nos anos anteriores.

Prova disso foi a atitude da Associação da Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros) em vetar credenciais para os humoristas do programa Casseta & Planeta - Urgente!, da TV Globo, e profissionais da Rede TV! cobrirem o evento. "Eles ridicularizam os gays e nos tratam como cidadãos promíscuos. Ambos não estão de acordo com nossa nova estratégia de comunicação", disse Emmanuel Figueiredo, assessor de imprensa da associação.

A medida vai contra a postura da entidade no ano passado, que liberou a gravação de uma cena da novela Desejos de Mulher, da Globo, com os atores José Wilker e Otávio Muller, que interpretavam os homossexuais Ariel e Tadeu. "O homossexual existe, não é ficção", completou.

O novo plano da entidade é conscientizar a sociedade que, com uma festa, os gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros lutam pelos direitos de cidadania. "A associação não é um grupo de pessoas que se reúnem só para mostrar a bunda, mas para fazer uma força política. Todos os eventos e ações são baseadas no dever do homossexual de 'sair do armário' para ser aceito como cidadão. Já existem leis concretas que protegem as mulheres e os negros, para os gays não! Somos tratados como a escória da sociedade", afirmou Figueiredo.

Segundo Nelson Matias Pereira, presidente da associação, o objetivo do evento é fortalecer a necessidade de se criar políticas públicas para homossexuais. "Quando falamos de uma 'política homossexual' não queremos obter vantagens em detrimento dos demais cidadãos. Queremos uma política que garanta os mesmos direitos que têm os demais".

Emmanuel Figueiredo voltou a criticar o comportamento da Rede TV! em manter no ar piadas homofóbicas no programa de João Kleber. "Fizemos protesto e nada adiantou. Não existe respeito algum! Então resolvemos processar a Rede TV!, que é uma emissora de quinta categoria, a escória da mídia brasileira. Eles não tem ética".

O advogado Fernando Quaresma cuida da ação que tramita desde março. "Queremos o mesmo espaço de tempo gasto com as piadinhas para expor para a sociedade nosso papel", disse.

Os profissionais do Casseta & Planeta e Rede TV! somente poderão cobrir o evento do chão, já que se trata de um ato público, na avenida Paulista, rua da Consolação e praça da República. Eles não terão acesso aos 15 trios elétricos que animarão a festa.

Público

Com o tema Construindo Políticas Homossexuais, a sétima edição da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo promete bater o número de participantes da parada de público do ano passado, que desbancou o evento na França e EUA com 500 mil pessoas. A primeira edição, em 1997, reuniu cerca de 1.500 pessoas na avenida Paulista, o que representa um crescimento de 330 vezes em seis anos.

Alexsandra Bentemüller/Redação Terra
            

 
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