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Foto: Jefferson Bernardes/Terra Sereno e discreto, Clapton é um dos poucos bluesman brancos que exercem um fascínio fora do comum sobre o público. Confira fotos

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 Show: São Paulo, 11/10
Clapton, apesar de burocrático, agrada ao público paulista

Foto: Alexandre Tahira/TerraSexta-feira, 12 de outubro, 1h50

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A diferença entre 1990 e 2001 é que o pop já não fala mais tão alto nos amplificadores de Eric Clapton. Parece um show para ele mesmo - mas o público embarca junto entre as ondas de baladas, blues chorados e canções pulsantes. Esse foi o resultado do show do guitarrista inglês em São Paulo, nesta noite de quinta-feira, dia 11.

Bota marron cano-longo de escalada nos pés, barba por fazer, camisa azul-marinho com gola aberta um pouco abaixo do pescoço, eis Clapton (veja fotos do show) se apresentando novamente no País, para um estádio do Pacaembu lotado (30 mil pessoas, segundo a produção), pouco antes das 22h. Os ingressos estavam esgotados, mas pelas ruas não faltaram "Quer um ingresso aí, chefia?", dos cambistas. Porto Alegre, São Paulo e Rio são os portos da volta ao blues de Clapton - que está, segundo o mesmo, em sua última turnê mundial. "Quero passar mais tempo com minha filha", disse o músico em entrevista exclusiva ao Terra.

O já entregue início acústico do show não foi tão "acústico" assim, a não ser pelo fato de Clapton e músicos tocarem sentados. O guitarrista segurava uma semi-acústica quando abriu com a instrumental do novo disco, Reptile. Ressaltando uma frieza que tradicionalmente carrega, falou pouco com o público, que estava eufórico por presenciar o bom e velho "Slowhand". Clapton praticamente repetiu sem desvios o menu de seus shows semanas atrás na América Latina.

À James Taylor

Ok que trocou Key to the Highway pela já citada instrumental, mas de resto rolou uma certa "burocracia de repertório", que o público nem ligou, envolvido com a presença de Clapton no palco. A primeira parte do show foi à James Taylor. Os casais adoraram a subversão do músico, que escapou da eterna convenção de se iniciar um show em um estádio lotado com músicas de impacto.

A segunda da noite foi Got You On My Mind, seguida por Tears in Heaven, que sempre emociona por estar relacionada com a morte do filho do guitarrista, que caiu da sacada em um prédio. A primeira pop de Clapton foi Change the World, a deixa para o músico em seguida pegar sua Fender colorida e se deixar encaixar no mito de guitar hero. A música? My Father's Eyes.

Mas o que fascina tanto as pessoas naquele senhor discreto, distante, que por acaso segura uma guitarra? Na verdade ele é a ponte para o público comum entre o pop e o blues. Clapton é veterano, mas compõe com pulso jovem. Suas canções perduram como hinos do rock clássico - tanto que o público berrou ao ouvir o riff inicial de Cocaine, tocado no meio do show de quase duas horas. Ah! Ele é branco, o que torna seu blues mais acessível ao ouvinte que não busca raízes.

E até parecia fora do contexto abrigar o show de Eric Clapton em um estádio como o Pacaembu. Mas com cadeiras alinhadas no gramado o cenário se encaixou. Falando nos clássicos, Wonderful Tonight, Layla e Sunshine of Your Love lembraram aquela fase em que o músico começava a escapar do power trio do Cream, que saudosistas adoram dizer que foi a melhor fase do guitarrista.

Velhos amigos

Clapton veio com velhos amigos ao Brasil, e dois deles estiveram no País quando ele veio pela primeira vez, há uma década (leia como foi o show de 1990): o tecladista Greg Phillinganes e o baixista Nathan East, parte da nata dos músicos de estúdio dos EUA. A novidade ficou por conta de Steve Gad na bateria e o antigo tecladista de Sting, David Sancious. Como pode se ver, Clapton não viaja com blueseiros velhinhos capengas, que não conseguiriam reproduzir as músicas pop do artista.

É curioso também ouvir no bis uma versão de Somewhere Over the Rainbow, tema eterno no filme O Mágico de Oz, no violão de Clapton - a estranheza, no entanto, pode muito bem vir de lembranças de Judy Garland cantando-a. Tirando um "obrigado" no fim da primeira música, Clapton não falou mais nada com o público, que bateu palmas, cantou e se emocionou com o inglês. O guitarrista parece realmente cheio de circular pelo mundo tocando um show previamente armado e engessado, para uma platéia que quer eternamente ouvir seus clássicos. Agora, segundo Clapton, somente o público de Nova York e Inglaterra vão poder ouví-lo. Quem viu, viu - quem não, vai ter de se contentar com os CDs do músico, que vão continuar saindo, é claro.

Ricardo Ivanov/Redação Terra
 
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