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Sexta, 21 de março de 2003, 12h31
Oscar vai ser realizado em versão discreta

Depois de dias de expectativa e ajustes, o Oscar de 2003 deve ser realizado em Los Angeles no domingo, ainda que em versão discreta. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas passou a semana discutindo possibilidades e o resultado é um evento sem o glamour do tapete vermelho e algumas celebridades, seguido de poucas festas com acesso vetado à imprensa.

O Oscar começou a sofrer baixas antes mesmo que as primeiras bombas caíssem no Iraque. O diretor finlandês Aki Kaurismaki, cujo The Man Without a Past concorre a melhor filme estrangeiro, foi o primeiro a se pronunciar, dizendo não querer participar de uma festa que vai acontecer "paralelamente a um crime contra a humanidade". Astros de Hollywood vêm poupando o discurso: Will Smith disse que apenas prefere ficar em casa, enquanto Cate Blanchett disse não se sentir confortável em voar de Londres para Los Angeles neste momento. A mesma razão foi dada por Peter Jackson, o diretor de O Senhor dos Anéis.

Tom Hanks e a mulher, Rita Wilson, avisaram que não vão aparecer, mas não entraram em detalhes. Giorgio Armani, que iria ser homenageado em uma festa, e Donatella Versace, que provavelmente iria se divertir em mais de uma festa, também avisaram que preferem ficar na Itália.

Sem o tapete vermelho, ficam de fora horas de cobertura sobre os vestidos, a maquiagem e a expectativa de cada concorrente. Mas não para o canal E! Entertainment: eles avisaram que a lendária apresentadora Joan Rivers (que faz dupla com a filha, Melissa, em um festival de "detonação" do look das celebridades) vai estar, sim, na entrada do Kodak Theater. "Não sabemos exatamente onde, mas elas vão estar lá", disse um porta-voz do canal. "As estrelas têm de entrar por algum lugar."

Difícil é prever quem vai querer parar para falar ao microfone de Rivers. Com exceção de não-americanos e alguns ativistas veteranos, as estrelas de Hollywood querem se manter longe de polêmica. Por este motivo, a Vanity Fair vai manter sua histórica festa pós-Oscar no restaurante Morton’s, mas sem a presença de jornalistas. "Se você é famoso e é fotografado rindo e se divertindo, vai ser chamado de superficial", diz um porta-voz do restaurante. "E se estiver sóbrio e fazendo comentários sérios, também."

Durante a cerimônia (que ainda têm chances mínimas de ser adiada, caso a ação militar se intesifique nas próximas horas), pode-se esperar uma série de discursos anti-guerra. Entre os vencedores que devem se pronunciar contra a guerra estão o diretor e ativista Michael Moore (de Jogando Boliche Por Columbine); Bono Vox, do U2 (indicado a melhor música, por The Hands That Built America, do filme Gangues de Nova York); e Stephen Daldry, o diretor de As Horas. Entre os apresentadores, Susan Sarandon, convidada na última hora, deve repetir sua performance do Oscar de 1993, quando criticou a questão dos refugiados haitianos.

Ironicamente, o filme favorito do Oscar de 2003 é a produção mais glamourosa e deliciosamente superficial do ano: o musical Chicago. Com 13 indicações, a fita vem liderando a preferência na categoria de melhor filme e também têm boas chances nas de melhor atriz coadjuvante (com Catherine Zeta-Jones), direção de arte, figurino e edição.

Para a categoria de melhor filme, a companhia inglesa de apostas Ladbrokes teve de parar de aceitar lances. "Nunca vimos tanto interesse em um só filme", disse a empresa em um comunicado distribuído à imprensa. Pelo menos entre os ingleses, a preferência pela fita está muito na frente de As Horas, O Pianista, Gangues de Nova York e O Senhor dos Anéis: As Duas Torres.

Guto Barra/Planet Pop

 
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