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Hollywood investe na internet

Quarta, 13 de novembro de 2002, 13h27

A internet tem um papel cada vez maior para a indústria do cinema. Para sair na frente da pirataria, Hollywood aproveita os avanços na tecnologia e tentar emplacar desde o início a locação de filmes pela rede mundial de computadores. Uma página de download de filmes feita em conjunto por vários estúdios foi lançada esta semana, quando a Warner Bros. preocupa-se com a suposta aparição de versões piratadas de Harry Potter e a Câmara Secreta antes de o filme chegar às telas. Ao mesmo tempo, Hollywood vai atrás de novos talentos em um projeto sem fins lucrativos.

O pay-per-view via internet começou esta semana com um grande número de hits recentes das telas no web site Movielink. A parceria feita pelas empresas Sony Pictures Entertainment, Universal Studios, Paramount Pictures, Metro-Goldwyn-Mayer e Warner Bros. permite aos internautas downloadear filmes para serem vistos na tela do computador, com a mesma qualidade de uma fita VHS. Ainda que o mercado seja pequeno, a idéia é não deixar que a pirataria de filmes vire uma prática tão comum quanto a troca de arquivos de música, que tem cortado os lucros da indústria fonográfica nos últimos tempos.

Ainda que web sites como o CinemaNow já ofereçam o serviço, esta é a primeira vez que uma seleção tão grande de fitas está disponível para os cinéfilos da internet. Os estúdios Walt Disney e Fox Entertainment Group tinham plajenado fazer o próprio web site de distribuição de filmes, mas a Fox desistiu da empreitada no início deste ano por conta de possíveis problemas legais, como a formação de cartel.

Download demora cerca de 1 hora

Movielink já tem 170 títulos, como o filme vencedor do Oscar deste ano, Uma Mente Brilhante, e a segunda produção mais lucrativa da história do cinema, Harry Potter e a Pedra Filosofal. Clássicos como Barbarella também estão disponíveis. Os estúdios pretendem mandar seus filmes para o projeto seis semanas depois de eles serem colocados à venda em VHS e DVD.

Cada filme custa entre US$ 1,99 e US$ 4,99. Os arquivos têm em média 500 megabytes e demoram cerca de 1 hora para ser baixados em uma conexão rápida. Em seguida, podem ser vistos em RealPlayer e Windows Media. A imagem que ocupa a tela inteira do computador tem qualidade equivalente a uma fita de vídeo, mas perde bastante quando é ampliada (para uma TV normal, por exemplo). É possível dar pausa, adiantar e retroceder a “fita”.

O filme fica disponível para um número ilimitado de sessões em um período de 24 horas. Em seguida, é deletado automaticamente. Se não é visto logo, sua licença expira em 30 dias. Os arquivos são protegidos e não podem ser vistos se forem mandados para outro computador. Um programa chamado “Movielink Manager” tem informações sobre os filmes downloadeados e o tempo em que eles vão estar disponíveis. Por enquanto, apenas usuários de Windows 98, ME, 2000 e XP têm acesso ao serviço. Quem tem Macintosh ainda vai esperar.

O mercado para filmes na internet ainda é muito pequeno, mas tem chances de crescer. De acordo com pesquisas preliminares feitas pelo Movielink, pouco mais de 25% dos usuários de conexão rápida nos Estados Unidos têm interesse em downloadear filmes da internet. As perspectivas da empreitada a longo prazo podem ser comparadas com o sucesso de versões piratas de hits de Hollywood na rede mundial de computadores.

Um dos mais recentes é Harry Potter e a Câmara Secreta, que teria aparecido esta semana em um web site europeu. O filme estréia nesta sexta-feira em vários países. De acordo com a Warner Bros., a produção já teria sido downloadeada cerca de 500 vezes até ontem de uma página cujo endereço não foi revelado. O estúdio diz que a cópia e a distribuição ilegais de filmes na internet são “roubo”. Geralmente, as versões que aparecem na rede são feitas com câmeras digitais dentro de salas de cinema, ou seja, com qualidade péssima de imagem e som.

Novos talentos

Nomes importantes de Hollywood resolveram aproveitar a internet para descobrir novos talentos. O ator Kevin Spacey colocou sua empresa Trigger Street Prods. na rede com o web site TriggerStreet.com, workshop e vitrine para roteiristas e diretores que não conseguem que seus projetos cheguem nas mãos de quem toma as decisões na terra do cinema. Além do ator, prometem dar ajuda aos novatos nomes como Mike Myers, Sean Penn, Annette Bening e Bono, entre outros.

É possível colocar roteiros e curtas-metragens de graça no web site, que não tem fins lucrativos. Toda a infra-estrutura vem de patrocinadores como a RealNetworks e de empresas como Anheuser Busch, que promete financiar o projeto por três anos. A participação de roteiristas e diretores não termina quando a história ou o filme estão online. Ao mesmo tempo, membros da página têm de fazer críticas de um número mínimo de trabalhos colocados na página. A idéia é dificultar a vida de quem não está mesmo interessado em cinema. Ou seja, filtrar os que não levam a coisa a sério.

O web site vai formar um ranking de seus dez projetos com as melhores votações. De vez em quando, minifestivais vão ser organizados e ter como júri nomes importantes da indústria. A idéia é que sejam realizados três ou quatro deles por ano. Um programa especial de TV, com as melhores idéias, também deve ser produzido. Segundo o ator de “Beleza Americana”, a idéia é “transformar alguns sonhos em realidade”.

Ricardo Bairos
Planet Pop

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