Enquanto guerreiros intergalácticos e superastros com teias de aranha saindo pelos pulsos podem agradar em cheio mundo afora, na Itália um boneco de madeira chamado Pinóquio está no centro das atenções. O cineasta e atro ganhador do Oscar Roberto Benigni (A Vida É Bela) deu vida nova a um dos personagens mais amados da Itália, em seu novo filme baseado no conto de fadas do século 19.
Embora Benigni tenha se recusado a dar detalhes sobre o filme inédito, o país está em zunzunzum na expectativa. Vendas de brinquedos do Pinóquio explodiram, um parque infantil da Toscana foi rebatizado de "Pinoquiolândia", e a obra clássica da literatura infantil, escrita por Carlo Collodi em 1883, está voando das estantes das livrarias.
"A Itália tem antigas tradições, uma cultura de artesãos e uma vida campestre, então é natural que nosso herói seja Pinóquio", disse Giorgio De Rienzo, crítico literário do jornal Corriere della Sera e autonomeado "pinoquiologista".
Na história clássica, o velho marceneiro Gepetto faz um boneco com um pedaço misterioso de madeira. Pinóquio, um boneco terrível e travesso cujo nariz cresce ao contar mentiras, ganha vida, mas seu sonho é tornar-se um menino de verdade.
Suas aventuras moralizantes têm a participação de um grilo falante, um fadinha, um vilão cruel e um peixe gigante --personagens que habitam o imaginário de crianças em todo o mundo.
A superprodução da Miramax de US$ 35 milhões -- o filme italiano mais caro da história -- conta com Benigni no papel principal e estréia nos cinemas italianos em 11 de outubro.