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Cinema na internet: ainda um filme de ficção científica

Segunda, 04 de março de 2002, 13h12

Embora se aproxime mais da ficção científica que da realidade, os grandes estudios cinematográficos já se estão se preparando para o que poderia ser um 'boom' no futuro: o cinema na internet.

Desde que a Miramax fez o primeiro filme bem-sucedido na internet, há pouco mais que um ano, a maioria dos estudios cinematográficos estão se preparando para produzir o "vídeo a demanda", o que permitiria aos usuários acessar qualquer tipo de material filmado a qualquer momento.

A Metro Goldwyn Mayer (MGM),a Paramount Pictures, a Sony Pictures Studios e a Warner criaram a sociedade conjunta Movielink para a distribuição de seus filmes, enquanto que a Walt Disney e a News Corp. fizeram o mesmo com a Movies.com.

Nenhum destes serviços ainda foram lançados, e enquanto isso, os estudios se dedicam a testar com produtoras independentes. O "teste" mais recente foi anunciado pela MGM há duas semanas.

Os míticos estudios de Hollywood informaram que oferecerão filmes através de seu sócio CinemaNow, sociedade canadense que conta a Microsoft entre os sócios minoritários.

Com CinemaNow, os usuários podem armazenar filmes em seu computador para vê-los depois (com margem de, entre 24 e 48 horas, desde que o produto tenha sido comprado). "Este teste com o CinemaNow nos permite explorar como os consumidores estão utilizando o 'vídeo a demanda' na internet, e ajuda a nos preparar para um futuro mais competitivo", afirmou David Bishop, presidente da divisão de MGM.

Outra destas companhias independentes que se aliaram com os grandes estudios é a Intertainer, que oferece cerca de 1.000 horas ao mês de programação televisiva e filmes por uma tarifa de 7,99 dólares mensais.

Embora poucos duvidem do sucesso da distribuição de filmes digital no futuro, ainda existem grandes obstáculos tecnológicos e sociais a vencer que, por enquanto, os distanciam do grande público.

Em primeiro lugar, estão as limitações da banda larga, apenas disponível para 40 por cento do território dos Estados Unidos, segundo estimativas mais otimistas. Inclusive em áreas onde é possível desfrutar do acesso à internet em alta velocidade (através do telefone, cabo, ou satélite), apenas 25 por cento dos usuários têm acesso a estes serviços, segundo a NewsFactor.

Em segundo lugar, a maioria das pessoas prefere ver filmes em tela grande, numa sala, ao invés de no computador, e poucas famílias dispõem da tecnologia necessária para passar o disco do computador para a televisão.

"Quanta gente vai falar, em uma sexta-feira à noite, 'venham crianças, vamos nos sentar na frente do computador para ver um filme?", pergunta o analista da GartnerG 2, P.J. McNealy.

Apesar de tudo, os estudios já começaram a se preocupar com a pirataria. Tal como ocorreu com o Napster, as companhias cinematográficas temem que os serviços de navegação gratuito, esta vez de filmes, consomem boa parte dos internautas.

De fato, os filmes pirateados já estão disponíveis em alguns serviços do Napster, como por exemplo Morpheus e KaZaA. Por enquanto, não são uma grave ameaça, mas poderiam converter-se em um grande problema no futuro, quando o acesso à internet de alta velocidade esteja mais acessível e se disponha da tecnologia para ver vídeos de internet nos televisores.

Steve Vonder Haar, executivo do Yankee Group, assinala que a indústria cinematográfica aprendeu bem a lição do Napster, e que para isso nasceram MovieLink e Movies.com, que serão a alternativa "legal" para ver filmes apenas clicando o "mouse".

Efe

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