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Imagens do Inconsciente (Trilogia)
de Leon Hirszman (RJ, 1986)

1. Em Busca do Espaço Cotidiano (Fernando Diniz) (80 min) Fernando Diniz, filho de uma empregada doméstica baiana, busca recuperar um espaço cotidiano sob a forma de um quadro - é a pintura em luta constante
contra o caos, um caos vivenciado numa questão de amor, uma questão de paixão. Fernando submerge como uma auto-defesa para viver no inconsciente,
mas não é um grande mergulho, é algo mais no nível do cotidiano.

2. No Reino das Mães (Adelina Gomes) (55 min)
Adelina Gomes, moça pobre, filha de camponeses, com o curso primário e alguma formação manual, tímida e submissa à mãe, nunca havia namorado até os
18 anos de idade. Aí apaixonou-se por um homem que não foi aceito pela mãe. Sujeitou-se e foi, aos poucos, se retraindo até que um dia estrangulou a
gata, da qual gostava muito. Matando a gata, Adelina se negava como mulher, refugiando-se na loucura com grande agressividade.

3. A Barca do Sol (Carlos Pertuis) (70 min)
Nise da Silveira a descreve assim: "Carlos, há vários anos, vinha sendo dilacerado por conflitos pessoais. Esses conflitos sugavam a energia do ego que ia se enfraquecendo e já começava a vacilar. Certa manhã, raios de sol incidiram sobre o pequeno espelho do seu quarto. Brilho extraordinário que deslumbrou-o e surgiu diante dele uma visão cósmica: o "Planetário de Deus", segundo suas palavras. Gritou, chamou a família, queria que todos vissem também aquela maravilha que ele estava vendo. Foi internado no mesmo dia no velho hospital da Praia Vermelha. Isso aconteceu em setembro de 1939. Carlos tinha então 29 anos". Sua mãe recomendou o internamento, e ele ficou lá o resto da vida.

"Imagens do Inconsciente aborda três histórias de vida, três casos clínicos. Procurei uma linguagem cinematográfica que permitisse narrar os filmes a partir dos próprios trabalhos pintados pelos artistas. Em um processo seletivo, as obras - que expressam o mundo interior do artista - vão revelando as idas e voltas da consciência e a sua despotencialização.

Quando a pessoa se despotencializa põe para fora, na pintura, os fantasmas que estavam dentro dela. Despotencializadas, permitem que as forças autocurativas se manifestem." (Leon Hirszman )




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