A polícia de Londrina está investigando a hipótese de funcionários do aeroporto de Foz do Iguaçu estarem envolvidos com o assalto do Boeing 737 da Vasp, prefixo PP/SMG, por volta das 16 horas de hoje, no percurso entre Foz do Iguaçu e Curitiba, no Paraná. A suspeita foi confirmada pelo capitão Sérgio Dalbem, da Polícia Militar, que trabalha no caso em conjunto com a Polícia Federal.Ele informou que o aeroporto tem detector de metal, o que aumenta a suspeita de participação de funcionários no assalto da aeronave. A quadrilha tinha cinco integrantes armados com fuzis e metralhadoras.
O vôo 280 estava ocupado por 66 passageiros, além de seis tripulantes. A capacidade total da aeronave é de 110 passageiros. A Polícia Militar confirmou que R$ 6 milhões foram roubados do compartimento de carga da aeronave.
O comandante da aeronave foi obrigado a pousar em uma fazenda no município de Porecatu, ao norte do Paraná, 15 minutos após ter decolado. A aeronave partiu de Foz do Iguaçu às 15h32. Os assaltantes fugiram, segundo a Polícia Militar, assim que aeronave pousou na cidade.
Após descer em Porecatu, a aeronave foi levada para o aeroporto de Londrina, onde os passageiros foram ouvidos pela Polícia Federal. Segundo o capitão da PM, "todos estavam aparentemente tranqüilos". Por volta das 18h30, os passageiros começaram a ser liberados para seguir viagem de avião para Curitiba.
O assalto foi detectado quando os operadores do painel de controle do aeroporto de Curitiba perceberam que a aeronave havia desaparecido do sistema de radar, 15 minutos após ter levantado vôo. A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e a Vasp não quiseram comentar oficialmente o caso.
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