Além dos 11 inquéritos policiais em andamento contra irregularidades no Plano de Atendimento à Saúde (PAS), já foram instaurados 123 procedimentos de investigação que apuram atos de improbidade administrativa (mau uso de dinheiro público) no sistema. Criado pelo ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PPB), o PAS foi "maquiado" pela gestão de Celso Pitta (PTN). Mudou de nome - passou a ser chamado de Sistema Integrado Municipal de Saúde (Sims) - mas, manteve o atendimento por meio de cooperativas. Para o Ministério Público Estadual (MPE), o PAS continua existindo.
Ações - De todas as investigações contra o PAS, a Promotoria da Cidadania já promoveu sete ações por improbidade. Quatro delas atingiram o ex-secretário de Saúde Roberto Paulo Richter. A última, em abril, foi proposta pelos promotores Sérgio Eduardo Turra Sobrane e Túlio Tadeu Tavares e acusa o ex-secretário, outros 11 administradores e três empresas pelo fornecimento de material e serviços de limpeza superfaturados.
As outras irregularidades no PAS que estão sendo analisadas pelo Judiciário são: repasse de verbas de forma irregular para as cooperativas, com prejuízo de R$ 100 mil ao erário, desvio de dinheiro público para compra de material médico-hospitalar e ilegalidades na contratação de serviços diversos.
Sobrane afirmou que determinou a distribuição do caso sobre as novas denúncias de Maria Lúcia Tojal. Segundo ele, a chefe de gabinete e o ex-secretário de Saúde, José Aristodemo Pinotti, deverão ser chamados na Promotoria da Cidadania para prestar esclarecimentos. Assim como na esfera criminal, as denúncias poderão instruir outros procedimentos que já estão em andamento.
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